A subida ao 109.º do ranking mundial de badminton aumenta a “esperança” de Bernardo Atilano atingir o sonhado 'top-100' e assim ver “facilitada” a sua entrada no quadro principal dos maiores torneios internacionais, facto que o aproximará de Paris2024.

“É bastante importante para mim, pois é um objetivo de há alguns anos que nunca consegui cumprir. Entrando no top-100, andando pelo 90.º ou 95.º, é mais simples entrar no quadro principal dos torneios mais fortes e amealhar logo bons pontos. Se começamos na qualificação, é basicamente um torneio dentro do próprio torneio e, fisicamente, é muito importante que isso não aconteça”, justificou, em declarações à agência Lusa.

O pentacampeão nacional confia estar no bom caminho para os Jogos Olímpicos de Paris2024, cuja presença vai depender do ranking mundial, sendo que em Tóquio2020 o ingresso foi garantido pelo top-95, salvaguardando as quotas-limites por país.

“É esse o meu grande objetivo até ao fim do ano, tentar fazer o maior número de provas para o conseguir”, declarou Bernardo Atilano, que depois de ter sido, no domingo, segundo classificado no Brasil International Series, vai agora competir na Guatemala, entre 29 de setembro e 02 de outubro.

Posteriormente, o lisboeta de 26 anos segue para os Internacionais dos Países Baixos, de 11 a 14 de outubro, antes de competir na República Checa, entre 20 e 23 do mesmo mês.

“Esta sucessão de eventos é muito importante para mim. Tive um contratempo no Brasil, com uma entorse no treino a 48 horas da competição começar. Há uns anos não conseguiria lidar da mesma forma. Destaco, muito para além da medalha, a minha capacidade de superação, o ignorar do problema e lidar com ele. Este torneio foi, por isso, muitíssimo importante”, ilustrou.

No conjunto de provas que se avizinham, “a ideia é tentar chegar o mais longe possível para pontuar mais para o ranking mundial”, assumiu o competidor, que está a estagiar em Campinas com a seleção sénior brasileira.

Para atingir o sonho de Paris2024, Bernardo Atilano passou a contar com a “fundamental” bolsa de solidariedade olímpica, com apoios dos comités olímpicos nacional e internacional, além da Federação Portuguesa de Badminton.