“O balanço [das primeiras duas voltas] é bastante positivo. É a terceira vez que jogo o Portugal Masters e a primeira vez que passo o ‘cut’, por isso estou muito feliz por ter a oportunidade de jogar nos últimos dois dias e subir na classificação”, reconheceu Bessa, depois de ascender ao 26.º lugar do ‘leaderboard’, com um agregado de 138 pancadas (68+70), quatro abaixo do Par 71 do campo algarvio.

Depois das três pancadas abaixo do Par na ronda inaugural, Bessa voltou a destacar-se entre a comitiva nacional composta por nove jogadores, ao assinar hoje três ‘bogeys’ (nos buracos 3, 6 e 7), dois ‘birdies’ (4 e 9) e, pelo segundo dia consecutivo, um ‘eagle’ no antepenúltimo buraco.

“O campo está difícil, exige ‘shots’ com bastante precisão, mas felizmente o vento não se fez sentir muito esta tarde. No buraco 17 dei dois ‘shots’ muito bons, de ‘drive’ e ferro seis, deixei a bola a três metros e fiz um ‘putt’ muito bom, o que me deu um grande ‘boost’ para o 18, que é um buraco difícil”, acrescentou.

Tal como Tomás Bessa, Ricardo Santos também se mostrou “muito contente por passar o ‘cut’”, após um início de volta menos feliz, com três ‘bogeys’ (4, 7 e 12), e ter chegado a temer o pior. Valeram-lhe os três ‘birdies’ na reta final (16, 17 e 18) para recuperar e assegurar, pela quarta vez, a permanência na prova portuguesa do European Tour, ao totalizar 140 pancadas (69+71), duas abaixo do Par.

“A diferença da volta de hoje para a de ontem não foi muita. O jogo foi muito parecido, apenas não meti ‘putts’... até ao buraco 16. Foi uma boa luta para poder estar presente no fim de semana. Cheguei a temer, mas depois pensei que tinha de continuar a lutar e criar oportunidades de ‘birdie’, porque em alguma hora teria de entrar. E entraram os últimos três”, rejubilou o 231.º colocado da Corrida para o Dubai.

Enquanto Ricardo Santos tem como melhor resultado no Portugal Masters o 16.º lugar, empatado, em 2012, Ricardo Melo Gouveia detém, juntamente com Filipe Lima, a melhor classificação nacional, ao ter integrado o top-5 em 2017, com 14 pancadas abaixo do Par do campo.

Embora, para já, esteja longe dessa marca, Melo Gouveia, que figura entre os 56.º classificados, com 141 ‘shots’ (69+72) garante estar “confiante” e a jogar de forma consistente

“O meu jogo está bastante sólido, tanto nos ‘shots’ com ferros, como com madeiras, só o ‘drive’ não está a 100 por cento. Este ano, o campo está um bocadinho diferente e, se não estivermos a 100 por cento no ‘tee’, torna-se mais complicado. Apesar de não ter estado tão bem do ‘tee’, tive bastantes oportunidades para ‘birdie’ e, se tivesse metido mais um ‘putt’ ou dois, a história teria sido outra”, defendeu.

O algarvio, que esta época milita no Challenge Tour, chegou, contudo, a acusar “um pouco de nervosismo nos últimos buracos”, uma vez que estava no limite do ‘cut’, que ficou fixado nas 141 pancadas (-1) e apurou 70 jogadores para as derradeiras duas voltas.

“Por não competir já há algum tempo, embora tenha jogado na semana passada, só consegui fazer duas voltas, falta-me um pouco de ritmo competitivo. Senti um bocadinho a pressão no fim. Com o desenrolar do jogo, fui falhando ‘putts’ para ‘birdie’ e sabia que tinha pela frente o buraco 18, que é bastante complicado, e, se não fosse jogado com cabeça, podia dar dores de cabeça, mas ao mesmo tempo estava confiante, porque o meu jogo está sólido”, concluiu Melo Gouveia.