Os golfistas Ricardo Melo Gouveia e Ricardo Santos vão iniciar a temporada no Circuito Europeu no Joburg Open, de 25 a 28 de novembro no Randpark GC, em Joanesburgo, na companhia dos também portugueses Pedro Figueiredo e Stephen Ferreira.

Na próxima época, que arranca esta semana na África do Sul, o Circuito Europeu ganhou uma nova denominação, DP World Tour, e vai contar com dois membros portugueses, Melo Gouveia e Santos, enquanto Figueiredo ficou com a categoria 17 e deverá disputar mais provas do Challenge Tour, jogando sempre que possível alguns torneios do principal circuito.

Ao contrário do jogador de Azeitão, o algarvio Ricardo Santos, embora tenha descido à categoria 16b, conseguiu manter-se quase integralmente no DP World Tour, em 2022, uma vez que deverá ter acesso a cerca de 23 torneios ao longo da temporada.

“Vou deixar de ter entrada em tantos torneios como tive na última temporada e fiquei basicamente numa posição idêntica à que o Pedro [Figueiredo] tinha. Ou seja, devo jogar um pouco mais de duas dezenas de torneios e vou disputar todas as provas às quais tiver acesso”, explicou o profissional natural de Faro, em declarações à Lusa.

Como membro da categoria 16b e sujeito à prioridade dos jogadores com melhores posições no ‘ranking’, Santos diz não ter calendário definido, sendo certo que vai iniciar a nova época na África do Sul e “jogar todas as provas em que entrar”, descartando, para já, disputar provas do Challenge Tour.

Bem mais confortável será a posição de Ricardo Melo Gouveia, vencedor de dois títulos esta temporada no Challenge Tour, no Italian Challenge e Made in Esbjerg Open, e promovido ao DP World Tour, após fechar a temporada como número dois na ‘Corrida para Maiorca’.

“Foi uma época bastante positiva. O facto de ter voltado às vitórias e ter conseguido logo duas, ficando muito perto, algumas vezes, da terceira vitória, foi muito positivo. Não comecei muito bem o ano, estava um bocadinho inconsistente, mas a partir do torneio da Áustria [em julho] comecei a encontrar um bom ritmo de jogo, muita confiança e, isso, refletiu-se nos resultados”, começou por recordar Melo Gouveia, à Lusa.

Apesar de não ter conseguido erguer o troféu da Grande Final e conquistado a primeira posição no ‘ranking’, à semelhança do sucedido em 2015, o profissional português, de 30 anos, terminou empatado na segunda posição em Maiorca e assegurou o regresso ao principal Circuito Europeu, depois da estreia em 2016, ano em que foi 54.º na ‘Corrida para o Dubai’ e representou Portugal nos Jogos Olímpicos do Rio2016.

“Foi pena não ter conseguido a vitória na Grande Final, mas senti-me bastante bem e estou muito contente com a minha época e por ter voltado ao European Tour. Estou muito feliz, é sempre bom voltar a um circuito onde me sinto bem e sinto que é onde mereço estar. Vai ser bom voltar a encontrar antigos colegas e jogar ao mais alto nível, que é para isso que treinamos todos os dias”, acrescentou Melo Gouveia, confessando ter “expectativas altas” para 2022, mas ainda não tem “objetivos concretos delineados”.

Extinta a denominação European Tour, o DP World Tour arranca, tal como nos anos anteriores, na África do Sul com a realização do Joburg Open, logo seguido do SA Open Championship e do Alfred Dunhill Championship.