O vice-presidente da Câmara de Coimbra, Carlos Cidade, confirmou hoje que tem mantido contactos com a Federação Portuguesa de Golfe (FPG) para a construção de um campo de golfe junto ao rio Mondego.

Depois de o presidente da Câmara, o socialista Manuel Machado, ter afirmado que, nos serviços da autarquia, “não deu entrada nenhum projeto” com esse objetivo e que apenas sabe o que leu na imprensa sobre o assunto, Carlos Cidade disse que “não há nada de novo”.

No início da reunião quinzenal do executivo municipal, os dois autarcas do PS respondiam ao vereador da CDU, Francisco Queirós, que questionou a falta de informação sobre o processo e a prevista localização do futuro campo de golfe, na margem direita do Mondego, entre a ponte da Portela e a praia fluvial do Rebolim, a montante da captação de água da Boavista.

“É uma aspiração de décadas de muitos conimbricenses”, salientou Carlos Cidade, assumindo que, com esse propósito, tem participado em reuniões com a FPG e a academia de golfe Quinta das Lágrimas, uma valência do complexo turístico e hoteleiro da família do advogado e empresário José Miguel Júdice.

O também vereador com o pelouro do Desporto rebateu algumas das preocupações da CDU, designadamente de ordem ambiental, depois de Francisco Queirós ter alertado para a aplicação de fertilizantes e demais produtos químicos habitualmente usados na manutenção do relvado dos campos de golfe, quando neste caso, a jusante, funciona a captação de água que abastece Coimbra e outros municípios vizinhos.

Com as atuais soluções, segundo Carlos Cidade, há a possibilidade de esses espaços desportivos “serem realizados com tecnologia que valoriza o ambiente e não o põem em causa”.

A criação de um campo de golfe no concelho “é um dos objetivos do programa eleitoral”, frisou o autarca, presidente da Concelhia de Coimbra do PS, para recordar que se trata de uma ideia que já vem de anteriores mandatos da autarquia, incluindo quando esta era presidida pelo social-democrata Carlos Encarnação.

“Neste momento, o ponto de situação é este e não mais do que este”, rematou Carlos Cidade.