O ciclista português Nelson Oliveira (Movistar) arranca esta sexta-feira para a oitava Volta a Espanha da carreira com o foco em trabalhar para o líder, o espanhol Enric Mas, mas de olho em “oportunidades” de ir para a fuga.

“O objetivo é chegar a Madrid [na 21.ª e última etapa], como em todos os anos. Depois, trabalhar para os líderes. Em princípio, terei algumas oportunidades de entrar numa fuga e tentar a minha sorte, e porque não vencer uma etapa? Esperemos que isso aconteça. O principal objetivo é estar com o líder, o resto será indo dia a dia”, resumiu, em entrevista à agência Lusa.

O ciclista de Vilarinho do Bairro (Anadia), de 33 anos, vai para a 17.ª ‘grande Volta’ da carreira, e a oitava Vuelta, depois do 52.º posto no Tour deste ano, competindo em Espanha, que é a casa da equipa Movistar e a corrida onde tem um dos pontos altos da carreira.

Em 2015, uma vitória em etapa em Tarazona consagrou-o como o sétimo luso - e o último até aqui - a vencer uma etapa na Volta a Espanha, então com uma fuga a 20 quilómetros da meta, acabando depois a corrida no 21.º posto.

Se Enric Mas, ‘vice’ em 2018 e 2021, é o líder para a geral, a Movistar encerra uma das principais narrativas da 77.ª edição da última ‘grande Volta’ do calendário velocipédico.

Trata-se da despedida de Alejandro Valverde, um dos principais nomes da modalidade nos últimos 20 anos, que aos 42 anos já anunciou que vai deixar o pelotão.

“Saber que estou na última corrida dele em Espanha, antes da retirada do ciclismo... como companheiro, é óbvio que fico orgulhoso por estar aqui, ao lado dele, e poder ajudá-lo na sua última corrida”, refere o português.

Para Oliveira, poder estar ao lado de ‘Bala’ dá-lhe “bastante gosto”, até porque o luso é outro dos nomes mais experientes da ‘telefónica’: corre pelos espanhóis desde 2016, tendo contrato até 2023.

“Deu-me gosto trabalhar com ele, principalmente correr com ele e ser seu companheiro de equipa, poder aprender alguma coisa com ele”, admite.

Em ano em que a União Ciclista Internacional (UCI) vai aplicar, com efeitos em 2023, o sistema de descidas de divisão no WorldTour, a Movistar, uma das mais antigas formações do principal escalão do ciclismo, tem ‘derrapado’ para os últimos lugares, arriscando-se a perder a licença.

Esta situação “não mexe na preparação”, considera o português, especialista em contrarrelógio, mas coloca “alguma pressão”.

“Somos profissionais e queremos que as coisas corram bem. Infelizmente, estamos a passar este mau bocado, mas esperamos ultrapassar isto, fazer uma boa Vuelta e pôr isso de parte. Não é fácil, mas cá estaremos”, declara.

A 77.ª edição da Volta a Espanha arranca esta sexta-feira nos Países Baixos e termina em 11 de setembro em Madrid.

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