Os Los Angeles Lakers abdicaram da verba recebida através de um programa para ajudar pequenas empresas durante a pandemia de covid-19 e devolveram cerca de 4,2 milhões de euros ao governo dos Estados Unidos, revelou hoje a ESPN.

A equipa da Liga Norte-Americana de basquetebol (NBA) tinha apresentado a candidatura ao ‘CARES Act' (Lei CARES), para o qual era elegível, e recebeu os 4,6 milhões de dólares (4,2 ME) do empréstimo estadual, no início deste mês.

Contudo, optou agora por devolver essa verba, já que os 349 mil milhões de dólares (322 ME) do fundo de ajuda se esgotaram rapidamente, em cerca de duas semanas, e centenas de milhar de pequenos negócios acabaram por não ter direito a essa ajuda.

"Assim que tomámos conhecimento de que as verbas do fundo se tinham esgotado, devolvemos o empréstimo, para que este apoio financeiro seja direcionado aos que mais precisam. Os Lakers continuam empenhados em ajudar os nossos trabalhadores e a nossa comunidade", afirmou a equipa de Los Angeles, em comunicado enviado à cadeia televisiva ESPN.

A ‘Lei CARES' faz parte de um plano governamental de apoio de 2.200 mil milhões de dólares (2.031 mil ME) para ajudar as empresas a pagarem salários, rendas e outras despesas, face aos prejuízos económicos provocados pela crise mundial de saúde pública.

Os LA Lakers, equipa que está avaliada em mais de 4 mil milhões de dólares, geram receitas anuais na ordem dos 434 milhões de dólares (400 ME), de acordo com a revista ‘Forbes', além de beneficiarem de apoios da NBA, organização que, recentemente, aumentou a sua linha de crédito para perto de 1.000 milhões de dólares (923 ME).

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou cerca de 207 mil mortos e infetou quase três milhões de pessoas em 193 países e territórios. Perto de 810 mil doentes foram considerados curados.

Os Estados Unidos são o país com mais mortos (54.877) e mais casos de infeção confirmados (cerca de 965 mil).

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.