A comunidade internacional não deve permitir que a China use os Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim2022 para ofuscar abusos dos Direitos Humanos, apontou hoje a Amnistia Internacional.

“Os Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim não devem representar uma simples oportunidade para as autoridades chinesas esconderem [violações dos Direitos Humanos] através do desporto e a comunidade internacional não deve tornar-se cúmplice de um exercício de propaganda”, escreveu Alkan Akad, pesquisador da Amnistia Internacional para a China.

“O mundo deve aprender com os Jogos [Olímpicos de Verão] de Pequim2008, onde as promessas de progresso em questão de Direitos Humanos nunca se materializaram”, acrescentou.

A organização teme que os Jogos ofusquem as acusações de abusos contra membros da minoria étnica muçulmana uigur e em Hong Kong, acreditando mesmo que a situação no país seja pior do que em 2008.

Akad exortou o Comité Olímpico Internacional (COI) a “manter a sua promessa de proteger o direito dos atletas de expressar a sua opinião e, acima de tudo, de não ser cúmplice de qualquer violação dos direitos dos atletas”.

Estados Unidos, Austrália, Canadá e Reino Unido anunciaram que não vão enviar representantes oficiais a Pequim, apontando o “genocídio em curso e os crimes contra a humanidade [na região de] Xinjiang e outras violações dos Direitos Humanos”.

Os atletas desses países, por outro lado, vão participar do evento, que decorre entre os dias 04 e 20 de fevereiro.

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