O nervosismo e a tensão acompanharam hoje o momento mais aguardado do dia, e, certamente, dos Jogos Olímpicos Tóquio2020, quando Simone Biles regressou à competição no Centro Ariake, onde conquistou o bronze.

A expectativa era muita em torno da tetracampeã olímpica no Rio2016, que há uma semana se retirou da competição em Tóquio, ainda no seu início, revelando os “demónios” com que se debatia, e trazendo a público a saúde mental dos atletas.

Simone Biles foi sucessivamente, dia após dia, renunciando às provas em que tinha brilhado no Rio de Janeiro e tinham feito dela a ‘super estrela’ da ginástica norte-americana, admitindo-se que os Jogos tinham chegado ao fim para a texana.

Na segunda-feira, chegou a notícia, já pouco esperada, de que iria competir no último dia na trave olímpica, aparelho em que tinha sido medalha de bronze nos Jogos Olímpicos Rio2016.

Depois de dois desempenhos de elevado nível, da canadiana Elsabeth Black, que, no final, seria quarta classificada, e da chinesa Xijing Tang, segunda, Biles entrou ‘com os olhos do mundo’ em cima dela.

A ginasta mostrou-se segura no exercício, talvez menos exuberante do que em ocasiões anteriores, e, sobretudo, feliz no final, num concurso em que acabaria por terminar atrás das chinesas, qualificadas no primeiro e segundo lugares.

Depois de Biles, entrou Sunisa Lee, a campeã olímpica do concurso geral individual, com a também norte-americana a ter um ‘deslize’ na parte final – quase equivalente a uma queda na trave -, que a tirou da rota das medalhas.

No final, Biles, sendo terceira, igualou Shannon Miller como a ginasta com mais medalhas olímpicas na história da ginástica, embora a texana tenha mais de ouro, quatro, contra as duas de ouro de Miller em Atlanta96.

Nas outras finais do dia, na despedida da ginástica dos Jogos Olímpicos, Tóquio2020, foi o também chinês Zou Jingyuan, campeão mundial no aparelho em 2017, a conquistar o ouro nas barras paralelas, à frente do alemão Lukas Dauser e do turco Ferhat Arican.

Para os ginastas europeus foram as primeiras medalhas olímpicas das suas carreiras, enquanto Zou Jingyuan juntou o título olímpico à medalha de bronze que já tinha conquistado no concurso por equipas.

No último aparelho do dia e dos Jogos de Tóquio2020, na barra fixa, Daiki Hashimoto sagrou-se bicampeão olímpico, ao juntar o ouro de hoje à conquista da última quarta-feira do concurso geral individual.

O japonês, de 19 anos, o mais novo de três irmãos ginastas, tem ainda a medalha de prata no concurso geral por equipas, saindo destes Jogos como o ginasta masculino mais consagrado, presente em três pódios.

Na final de hoje, Hashimoto somou 15.066 pontos, à frente do croata Tin Srbic, com 14.900, e do russo Nikita Nagornyy, com 14.553.

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