“É um grande orgulho ver uma atleta nossa no pódio olímpico, que é o último e mais ambicioso objetivo que uma modalidade desportiva pode ter. Como representante da modalidade, é um prazer e um orgulho muito grandes ver, mais uma vez, um atleta nosso chegar tão longe”, afirmou Jorge Vieira, em declarações à agência Lusa.

Patrícia Mamona conquistou hoje a medalha de prata no triplo salto dos Jogos Olímpicos Tóquio2020, ao conseguir 15,01 metros, um novo recorde nacional, arrebatando a segunda medalha por atletas portugueses, depois do bronze do judoca Jorge Fonseca (-100 kg).

Jorge Vieira considerou que Patrícia Mamona “percorre um caminho já percorrido por outros atletas” e salientou o desempenho do atletismo em Jogos Olímpicos: “A nossa modalidade é a mais medalhada olimpicamente. Já sabemos o caminho para o pódio, mas é preciso contar sempre com o talento, a boa preparação e com todo o apoio que os atletas têm para lá chegar.”

Por outro lado, enalteceu igualmente o “resultado absolutamente extraordinário” de Auriol Dongmo no lançamento do peso, no qual a atleta natural dos Camarões, mas naturalizada portuguesa, conseguiu um quarto lugar, ao lançar 19,57 metros, ficando a apenas cinco centímetros do terceiro e último lugar do pódio.

“Vale-nos uma medalha. Não fica para a posteridade como tal, mas fica um resultado e uma classificação extraordinários, porque teve um nível elevadíssimo. Hoje, foi um dia magnífico para nós, muito marcante”, referiu o presidente da FPA à Lusa.

Ainda assim, Jorge Vieira, que se encontra na capital nipónica, confessou que Dongmo “ficou bastante destroçada”, porque “queria genuinamente oferecer uma medalha a Portugal, pelo acolhimento que o país lhe deu, por ser portuguesa neste momento e porque sentia esse dever de agradecer com uma medalha olímpica”.

O presidente da FPA manifestou-se ainda otimista quanto à conquista de uma medalha no triplo salto masculino, disciplina na qual Portugal conta com três atletas: Nelson Évora, vencedor do ‘ouro’ em Pequim2008, Pedro Pichardo e Tiago Pereira.

“Tenho dito ao longo dos últimos anos que o meu sonho é ter dois atletas no pódio olímpico, mas é extremamente difícil. Que estejam naquele dia certo, como a Patrícia esteve hoje. No entanto, para estar no dia certo, é preciso conjugar muitos fatores, entre eles um bocadinho de sorte, mas, sobretudo, muito planeamento e rigor na preparação, para que o grande objetivo seja alcançado aqui e não noutra prova qualquer, porque, aqui, é o momento da vida de um atleta”, concluiu.

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