A seleção portuguesa de andebol venceu hoje a Espanha por 32-31, no segundo encontro de preparação para os Jogos Olímpicos Tóquio2020, que decidiu a seu favor nos 10 minutos finais, após o equilíbrio ter sido a nota dominante.

Num encontro realizado no Pavilhão Municipal de Caminha, que raramente teve diferenças superiores a dois golos, com lideranças alternadas no marcador, a seleção treinada por Paulo Pereira lançou-se para a vitória nos 10 minutos finais quando atingiu uma vantagem de 31-28 que se revelou decisiva.

Após a derrota no primeiro teste para Tóquio, frente ao Brasil (34-28), a 02 de julho, na Nazaré, o conjunto luso marcou hoje golos de várias maneiras frente ao campeão da Europa, equipa que vai defrontar de novo no sábado, em Vigo, na Galiza, no último jogo de preparação para o torneio olímpico, agendado para as 18:00 locais (17:00 de Lisboa).

A seleção das ‘quinas’ entrou no jogo a perder por 2-0, face aos golos de Ferrán Solé e de Joan Cañellas, mas essa foi a maior desvantagem que registou na primeira parte, quase sempre nivelada, como espelho do equilíbrio entre as equipas.

Após igualar a partida a dois golos ainda nos cinco minutos iniciais, a formação treinada por Paulo Pereira mostrou engenho para responder às ocasiões em que a Espanha se adiantou no marcador e passou pela primeira vez para a dianteira aos 17 minutos, após um intervalo de cinco minutos em ‘branco’, no qual os guarda-redes Gustavo Capdeville e Rodrigo Corrales se evidenciaram.

Portugal fez o 8-7 com um golo do recém-entrado Diogo Silva, de longe, em posição frontal, e, na segunda metade da primeira parte, esteve mais tempo na frente, com Miguel Martins e António Areia, jogadores saídos do banco que marcaram dois golos cada.

Eficiente a isolar o pivô Aléxis Borges no meio da defesa espanhola para chegar ao golo, a equipa lusa tentou dilatar a vantagem em dois lances de superioridade numérica, mas acabou por sofrer dois golos de baliza deserta e por chegar ao intervalo a perder por 16-15.

As equipas mantiveram-se em perseguição ‘cerrada' nos primeiros 10 minutos da segunda parte, antes da Espanha fixar uma inédita vantagem de três golos (23-20) aos 41:48 minutos, por Julen Aguinalde, quando parecia ganhar ascendente físico, e de Portugal responder com três golos consecutivos e igualar ao minuto 46, repondo um equilíbrio que prevaleceu até ao fim.

Após um par de chances desperdiçadas para assumir a liderança, os comandados de Paulo Pereira fixaram dois golos de vantagem (28-26), por António Areia e Alexandre Cavalcanti, aos 53 minutos, e mantiveram-se na frente até à ‘buzina' final, para gáudio dos cerca de 100 espetadores presentes no pavilhão.