Vão ser uns Jogos Olímpicos de bancadas desertas em Tóquio: o governo nipónico anunciou esta tarde que as arenas e eventos olímpicos em Tóquio não terão público devido ao estado de emergência decretado na cidade.

"Alcançamos um acordo sobre a ausência de espetadores nos recintos em Tóquio", disse Tamayo Marukawa, ministra japonesa dos Jogos olímpicos, citada pela AFP.

O governante referiu ainda que a decisão surge após terem existido conversas entre os governos nacionais, locais, organização e com os comités olímpicos e paralímpicos.

A maior parte dos eventos olímpicos estão marcados para Tóquio, mas alguns deles serão fora da cidade, pelo que a decisão sobre a presença de público nessas cidades está dependente de consulta com os governadores dessas mesmas regiões.

Surf, futebol, basebol e a maratona, são algumas das provas que se realizam fora de Tóquio. Aliás, a maratona acontece no norte do Japão a mais de mil quilometros da capital.

Na passada quinta-feira, Yoshihide Suga, primeiro-ministro do Japão, tinha aberto a porta à ausência de público nos Jogos Olímpicos, devido ao surto de COVID-19 em Tóquio.

É "possível que não haja espetadores" nos Jogos Olímpicos, disse. "Atuaremos com a segurança do povo japonês como nossa principal prioridade".

De recordar que foi decretado um novo estado de emergência para a região de Tóquio esta quinta-feira, que estará em vigor até 22 de agosto, o que cobre todo o período dos Jogos Olímpicos, que se realizam de 23 de julho a oito de agosto.

Este anúncio surge menos de um mês depois das autoridades terem decidido permitir a presença de cerca de dez mil japoneses nos eventos, visto que os adeptos estrangeiros já tinham sido proibidos de se deslocarem ao Japão para os Jogos.

*Última atualização às 15h26