A designação da cidade australiana de Brisbane como sede dos Jogos Olímpicos de 2032 vai ser votada em 21 de julho durante Tóquio2020, decidiu hoje a comissão executiva do Comité Olímpico Internacional (COI).

Designada com 11 anos de antecedência, Brisbane entra para a história como a estreante do novo modelo de eleição assumido pelo COI, em que a cidade escolhida resulta do diálogo do próprio direto do organismo com as interessadas, em vez de uma corrida entre várias aspirantes.

“Muitos governos por todo o mundo consideram o desporto essencial para o desenvolvimento de longo prazo dos seus países e regiões. O projeto olímpico de Brisbane2032 mostra como os líderes com visão de futuro reconhecem o poder do desporto para obter legados duradouros”, elogiou o presidente do COI, Thomas Bach.

Os Jogos, que voltam à Austrália depois de Melbourne1956 e Sidney2000, serão assentes em 84% das instalações já construídas ou de caráter temporário e com sedes desportivas repartidas por três núcleos.

Brisbane vai ser palco de 21 competições, Gold Coast, a 65 quilómetros, com seis, e Sunshine Coast, a 85 quilómetros, com três.

O plano “exaustivo e meticuloso” da candidatura foi elogiado pela presidente da comissão da seleção de futuras sedes, a norueguesa Kristin Kloster Aasen, defendendo que o evento vai melhorar a qualidade de vida dos cidadãos da região de Queensland.

“Tenho muita confiança de que vamos ter em 2032 uns grandes Jogos”, disse ainda Thomas Bach, recordando que a escolha está “nas mãos dos membros do COI”, que numa assembleia geral nunca votaram contra uma decisão desta importância.

Depois de Tóquio2020, na Ásia, e antes de regressar à Oceânia, os Jogos serão na europeia Paris2024 e depois na norte-americana Los Angeles2028.

Em relação a Paris2024, o COI aprovou três modificações desportivas, nomeadamente a prova mista de kite substituída por uma feminina e outra masculina, no atletismo os 50 km marcha dão lugar a uma competição mista por equipas, e o pentatlo moderno adotará um novo formato em sede única.

Aprovou ainda o reconhecimento pleno – até agora, era provisório - de seis federações internacionais, nomeadamente as de lacrosse, kickboxing, sambo, muaythai, cheerleading e curling bávaro.

Esta entrada na família olímpica não significa a sua inclusão no programa dos Jogos Olímpicos.