Um grupo de cerca de 30 atletas ucranianos apurados para os Jogos Olímpicos Tóquio2020, adiados para o verão de 2021, receberam hoje a primeira dose da vacina chinesa CoronaVac, contra a covid-19.

Numa clínica em Kiev, cerca de três dezenas de desportistas receberam “proteção”, como apelidou a ‘veterana’ Daria Tykhova, do tiro.

Segundo o ministério do Desporto do governo ucraniano, chegaram àquele país cerca de 1.500 vacinas destinadas à missão olímpica, ainda que esta seja voluntária, uma vez que o Comité Olímpico Internacional não requer a vacinação para a participação na prova.

A menos de 100 dias dos Jogos, a dúvida sobre a sua realização persiste, num momento em que há um aumento sustentado de casos no Japão, enquanto, na Ucrânia, já surgiram mais de 38 mil mortes e mais de 1,9 milhões de infetados.

Cerca de 400 mil pessoas, de uma população de 40 milhões, foram já vacinadas com uma primeira dose.

Em Portugal, e segundo explicou à Lusa o presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP), José Manuel Constantino, a vacinação da missão, com cerca de 150 pessoas, vai avançar, mesmo que a demora cause “insegurança” entre a comitiva.

“Falamos de uma missão nacional, um número que não deve ultrapassar as 150 pessoas incluindo atletas, juízes, dirigentes… Uma missão olímpica nacional tem responsabilidades publicas que carecem de ser protegidas. Eu espero que as autoridades de saúde compreendam, entendam e respeitem isso e possamos rapidamente arrumar este assunto”, vincou Constantino, em declarações à Lusa.

Os “sucessivos apelos e cartas” enviados aos responsáveis da saúde – ministério e Direção-Geral da Saúde (DGS) – tiveram reposta na segunda-feira, com o secretário de Estado da Saúde, Diogo Serras Lopes, a ligar ao líder do COP a garantir-lhe que toda a missão portuguesa será imunizada, como recomenda a organização dos Jogos Olímpicos.

Os Jogos Olímpicos vão decorrer entre 23 de julho e 08 de agosto, enquanto os Paralímpicos devem disputar-se entre 24 de agosto e 05 de setembro.