Patrícia Mamona, de 32 anos, conseguiu a marca logo no primeiro salto, quando necessitava de igualar ou superar 14,40 metros ou ser uma das 12 melhores da qualificação, para estar na final olímpica, no domingo, a partir das 20:15 locais (12:15 em Lisboa).

“Esta qualificação foi fruto de alguma experiência. Se há uma coisa que me deixa nervosa são as qualificações, porque temos tendência a querer estar nas duas primeiras, mas quando a marca de qualificação é 14,40 e sabes que tens aquilo nos pés, é uma questão de saltar muito”, resumiu a atleta, na zona mista.

Os nulos podem colocar os atletas “nervosos”, mas Mamona, campeã europeia em pista coberta em 2021, e ao ar livre em 2016, ajustou “mesmo no fim” e sai “feliz e já a pensar na recuperação”, porque “esta final olímpica vai ser dura”.

“Quando vou para uma final, vou para dar tudo. Não penso em marcas, penso em dar o meu melhor. A marca é consequência disso. (...) Esta é a oportunidade ideal para melhorar o recorde nacional”, declarou.

A melhor marca portuguesa de sempre foi melhorada pela própria atleta ainda este mês, no dia 09, colocando a fasquia nos 14,66 metros.

De resto, gabou o estado atual do triplo salto mundial, lembrando que “35 raparigas conseguiram marca de qualificação”, mas que “cada competição é uma competição” e uma atleta pode “chegar com a melhor marca mundial do ano e não conseguir medalha”.

“Tenho de me focar em saltar muito, o resto é consequência. Toda a gente sonha com uma medalha numa final, e, como já tinha dito, o jogo está muito aberto”, explicou.

Uma má experiência anterior no Japão ensinou-lhe a “vir com alguma antecedência”, para sentir menos os efeitos da deslocação e da especificidade climática na capital nipónica, como as altas temperaturas e a humidade.

À parte as “mossas normais do triplo”, está pronta para “dar tudo” e “esquecer tudo o resto” no momento, com a final agendada para domingo.

A saltadora do Sporting cumpre a terceira presença olímpica, depois do sexto lugar no Rio2016 e do 13.º posto em Londres2012.