Os judocas Bárbara Timo e Anri Egutidze saíram hoje de Lisboa com destino ao Japão, para competir nos Jogos Olímpicos Tóquio2020, após períodos difíceis na preparação que apenas serviram para elevar o grau de motivação.

“Estou muito animada. Foi um processo muito difícil e complicado. Teve lesão, obstáculos, a possibilidade de não haver Jogos e a doença, em que perdi familiares, amigos e pessoas próximas. Apesar disso, sinto-me mais forte. É mais um desafio e sei que sou plenamente capaz de o superar”, frisou à agência Lusa a judoca Bárbara Timo.

Ultrapassada a “fase mais difícil”, a judoca, da categoria de -70kg, parte para a capital nipónica com a “sensação de felicidade e orgulho em representar” Portugal, restando agora, antes da prova, “curtir, terminar a fase de treinos e descansar um pouquinho”.

“Quando aparece um obstáculo na nossa vida, às vezes não temos culpa disso, mas temos a responsabilidade de saber como vamos reagir a isso. Entre tantas dores que senti, obstáculos e dúvidas, ainda bem que tive pessoas ao meu lado que me ajudaram a superar e a tornar-me mais forte. Sou antifrágil. Pode vir o caos, que isso deixa-me mais forte”, afirmou a vice-campeã mundial em 2019 e bronze europeia em 2021.

Bárbara Timo, de 30 anos, faz a estreia em Jogos Olímpicos, numa altura em que o judo português tem conquistado várias medalhas nas mais importantes provas internacionais, que a faz acreditar em “bons resultados” entre os judocas portugueses.

“Desde que o ciclo começou, Portugal teve medalha ou disputa medalhas em praticamente todas as provas. Não é fazer algo incrível, é fazer algo que temos feito em todas as competições nos últimos dois anos, em que Portugal esteve no pódio ou próximo do pódio no circuito mundial. É normal pensar que podemos conseguir bons resultados”, considerou a atleta, que nasceu no Brasil e que representa o Benfica.

O também benfiquista Anri Egutidze, igualmente estreante em provas olímpicas, denotou mais motivação desde que conquistou o bronze nos Mundiais disputados este ano, tendo apontado para a ambição de trazer uma medalha para Portugal.

“A motivação subiu. Acredito mais em mim neste momento e acredito que não há adversário que não consiga ganhar. Só tenho de estar, naquele dia, bem preparado e ter alguma sorte também, claro. Acredito muito que consigo trazer uma medalha dos Jogos Olímpicos”, realçou aos jornalistas o judoca, que compete na categoria de -81kg.

Anri Egutidze, de 25 anos, disse que durante os últimos anos nada lhe faltou na preparação para Tóquio2020, sentindo-se “preparado fisicamente e psicologicamente, que é o mais importante neste momento”, embora revele alguma ansiedade.

“Comecei a ficar ansioso quando entrei aqui no aeroporto. Não sei o que me espera lá, mas as expectativas estão muito altas. Espero que vá aproveitar ao máximo cada momento em que vou estar lá”, sublinhou o atleta, que é natural da Geórgia.

A competição de judo, em que Portugal conta com Catarina Costa (-48 kg), Joana Ramos (-52 kg), Telma Monteiro (-57 kg), Bárbara Timo (-70 kg), Patrícia Sampaio (-78 kg), Rochele Nunes (+78 kg), Anri Egutidze (-81 kg) e Jorge Fonseca (-100 kg), decorrerá de 24 a 31 de julho, no Nippon Budokan, com a discussão de duas categorias, uma masculina e uma feminina, por dia.

Portugal vai estar representado por 92 atletas, em 17 modalidades, nos Jogos Olímpicos Tóquio2020, que vão ser disputados entre 23 de julho e 08 de agosto, depois do adiamento por um ano, devido à pandemia de covid-19.

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