“É um momento histórico para o judo nacional, para o desporto português e para o Jorge Fonseca, que é um grande atleta e um grande ser humano”, disse Nuno Delgado à agência Lusa.

O antigo judoca classificou o dia de hoje como “quase perfeito”, lembrando que Jorge Fonseca, bicampeão mundial, “estava focado na conquista do ouro”.

“Infelizmente, a meia-final não lhe foi favorável, com um impedimento físico na mão, que no caso do judo, é muito debilitante”, afirmou Nuno Delgado, referindo-se à derrota de Jorge Fonseca frente ao sul-coreano Cho Guham, por ‘waza-ari’, no combate das meias-finais.

Nuno Delgado, medalha de bronze nos Jogos Sydney2000, na categoria de -81 kg, manifestou o desejo de que a medalha de Jorge Fonseca, a primeira de Portugal em Tóquio2020 e a 25.ª do historial luso, “quebre o enguiço” e abra caminho “a mais conquistas” no Japão.

O antigo judoca, que destacou o empenho de Jorge Fonseca e da sua equipa técnica, enalteceu outros resultados da modalidade conseguidos em Tóquio.

“A Catarina Costa foi quinta [-48 kg] na sua primeira prestação olímpica, ficou muito perto do bronze. A Telma Monteiro, apesar de tudo, teve uma brilhante prestação, e sentiu algumas dificuldades com os árbitros”, disse.

Nuno Delgado considerou que, agora, “o importante é pôr os olhos em Paris2024” e fez questão de lembrar, “de forma construtiva”, que desde 2000 que o judo português “anseia por uma instalação construída de raiz para o treino e prática da modalidade”.

Com o triunfo de hoje frente ao canadiano Shady Elnahas, por ‘waza-ari’, no tatami do Nippon Budokan, em Tóquio, Jorge Fonseca deu ao judo português o terceiro bronze olímpico, juntando-se a Nuno Delgado e a Telma Monteiro, terceira classificada nos Jogos Rio2016, na categoria de -57 kg.

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