Álvaro Pacheco, treinador do Vizela, que garantiu a subida à II Liga portuguesa de futebol, confessou ter passado por uma "montanha russa de emoções" esta temporada, considerando que houve "reconhecimento do mérito" na decisão de promoção da equipa.

A formação minhota liderava a Série A do Campeonato Portugal quando a prova foi dada como terminada, devido à pandemia de covid-19, tendo sido escolhida pela Federação Portuguesa de Futebol, juntamente com o Arouca, para ascender aos campeonatos profissionais, numa decisão que Álvaro Pacheco considerou "justa".

"Num campeonato tão difícil, fizemos 60 pontos com muita regularidade. Não sendo possível fazer o ‘play-off’, acho que o reconhecimento do mérito desportivo calha bem ao Vizela. Fosse qual fosse o critério para subir duas equipas, o Vizela tinha todos requisitos", apontou o treinador à agência Lusa.

Álvaro Pacheco lembrou que o seu conjunto "foi o melhor do escalão, seguindo sempre no primeiro lugar, tendo vencido o segundo, terceiro e quarto classificado da série".

"Foi um prémio justo para os jogadores, equipa técnica, massa associativa, dirigentes e administração que mereciam esta subida, porque trabalharam muito para que acontecesse", acrescentou.

Ainda assim, o técnico chegou a "temer o pior" quanto à definição da classificação e das equipas que seriam apontadas à subida de divisão, confessando ter passado por semanas de "ansiedade e incerteza".

"Até tudo estar definido, as emoções foram uma montanha russa. Houve alturas em que acreditámos que íamos fazer o ‘play-off’, outras em que pensámos que ninguém ia subir e que o campeonato seria anulado. Foi complicado gerir, mas correu com esperávamos", desabafou o técnico, de 48 anos.

Álvaro Pacheco reconheceu que "qualquer decisão que fosse tomada para definir as equipas que subiam de escalão não iria agradar todos", mas apontou que seria "uma injustiça maior se os campeonatos fossem anulados".

"Gostaríamos de ter continuado a ganhar dentro do campo, mas, não havendo condições para prática do futebol neste escalão, acho que esta foi uma decisão que menos prejudicou as equipas. Mas entendo a desilusão e a frustração de outros clubes", partilhou

Fechado este processo, Álvaro Pacheco, que viu o seu contrato renovado por mais duas temporadas, já está a pensar no futuro, vincando que o clube "há vários anos se estava a estruturar para criar condições para regressar à II Liga".

"Este é um projeto bem cimentado, com uma administração que sabe bem o que quer. Foi fazendo as coisas sustentadas e com os investimentos certos, nomeadamente nas infraestruturas. Estamos melhor preparados", analisou o treinador.

Álvaro Pacheco aponta que a ambição para a próxima temporada passa pela "manutenção e estabilização na II Liga", mas já antecipa objetivos mais ambiciosos a médio prazo.

"É um desafio que vamos ser capazes de superar. Primeiro com a manutenção e, depois, com a experiência adquirida, ir melhorando e sonhar com outros objetivos que passam por chegar à I Liga", assegurou.

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