O Sporting da Covilhã, da II Liga de futebol, começou há dias as obras da Academia e tem previsto iniciar este mês a construção da última fase do estádio, adiantou à agência Lusa o presidente, José Mendes.

O clube serrano faz hoje 98 anos e, embora os trabalhos na Academia no clube, no Bairro da Alâmpada, na Boidobra, a pouca distância do Complexo Desportivo da Covilhã, estejam em curso há uma semana e esteja planeado os dois primeiros campos sintéticos e respetivas estruturas de apoio estarem prontos a utilizar até ao final do ano pela formação, o dirigente adianta que "essa deve ser a prenda do centenário".

"Vai ser feita por fases, consoante o dinheiro disponível. Deve ser uma prenda que dentro de dois anos deve estar concluída. Esperamos no centenário poder inaugurar essa linda obra", disse José Mendes.

A Academia prevê ainda um relvado natural, o edifício principal e outras estruturas de apoio.

Segundo o presidente dos ‘leões da serra’, em declarações à agência Lusa, se o empreiteiro não atrasar em relação ao que está planificado, "durante este mês arranca a construção da bancada para fazer o resto do estádio".

Trata-se de parte da bancada do topo norte, junto ao portão principal do Estádio Santos Pinto, a única zona por intervencionar no processo de renovação do recinto, iniciado em 2016.

"Para já, fica concluída a parte que nos incumbimos de fazer", realçou José Mendes, que não adiantou o valor do investimento, preferindo destacar que "está tudo pago", por o emblema serrano não dar "passos maiores do que a perna" e só fazer obras "em função da disponibilidade financeira".

Segundo o dirigente, "contabilizar quatro, cinco ou seis milhões de euros, nesta altura não é o mais importante, o importante é dizer que o que está feito está pago e foi o clube que pagou", embora tenha acrescentado que já foram investidos "alguns milhões de euros" na renovação do estádio.

José Mendes queria fazer da casa dos serranos, na zona norte da cidade, um "estádio à inglesa". O recinto começou a ser remodelado em 2016, com a renovação de toda a zona nascente. A segunda fase, em 2017, foi a construção de parte da bancada poente e a construção de uma estrutura de três pisos, que incluiu novos balneários, espaços administrativos, sala de treinadores, camarotes, sala de imprensa e uma bancada com cerca de 400 lugares.

Em 2018, foi demolida a bancada central e reconstruída uma nova, com mais valências. Entretanto, foi também substituída a iluminação do estádio.

A única bancada que falta intervencionar "contempla lugares para sócios, vários camarotes, uma zona para a imprensa escrita" e espaços de apoio, como bares e sanitários, explicou, à Lusa, o presidente.

"O clube faz 98 anos e gostávamos de aproveitar para mostrar aos nossos sócios o que temos aqui feito, a totalidade das instalações, mas a pandemia ainda não o permite. Vamos acabar esta última fase do estádio, espero que na próxima época já haja possibilidade de trazer os adeptos e queremos abrir-lhes as portas, logo que seja possível, para que os sócios visitem e possam ver tudo o que foi feito", realçou José Mendes.

O presidente do Sporting da Covilhã vaticina que "vão ficar surpreendidos", por existirem infraestruturas "totalmente diferentes" e mostra-se satisfeito por estar prestes a terminar um estádio "condizente com os pergaminhos do clube".