O Vitória de Guimarães considera que o regresso dos adeptos aos estádios na última jornada da Primeira Liga pode ser uma "desvirtuação da verdade desportiva" e que serve para usar os adeptos como cobaias para outros eventos desportivos.

Num comunicado publicado no site oficial do clube, os vimaranenses saúdam a abertura dos estádios, posição e assumiu publicamente por reiteradas vezes desde o arranque da temporada", mas levantam questões sobre o timing da mesma, "horas depois de se verificar, em Portugal, a maior e mais desregrada concentração popular desde março de 2020", numa alusão aos festejos do título do Sporting.

Público de regresso aos estádios: Jogos da última jornada da I Liga com adeptos nas bancadas
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Além disso, a equipa de Guimarães questiona se esta autorização da presença apenas de adeptos dos clubes que jogam em casa "não acarreta, e mais ainda na jornada que é decisiva para a classificação final, uma eventual desvirtuação da verdade desportiva, constituindo uma vantagem competitiva para os clubes que (...) vão contar com um fator de vantagem adicional no momento definitivo do campeonato, como de resto já aconteceu, no passado, com um dos competidores da Liga NOS", numa referência ao Santa Clara.

O Vitória de Guimarães não considera plausível que as autoridades não tenham previsto esta reabertura, recordando as declarações de António Costa que disse que público só na próxima época, além de afirmar que o regresso dos adeptos não é um "prémio e um reconhecimento" aos mesmos, mas sim um teste.

"(...)um teste para viabilizar a presença de público na final da Liga dos Campeões, como é da vontade da UEFA e de todas as entidades co-organizadoras desse importante e prestigiante evento, ou até na final da Taça de Portugal", escrevem.

O clube, que vai cumprir castigo de jogo à porta fechada devido ao caso Marega, afirma que os "seus adeptos não serão cobaias da experiência, ainda que façam votos de que ela corra da melhor forma, sem prejuízo da verdade desportiva e com reais benefícios".

Os vimaranenses esperam ainda que no futuro o número de adeptos permitidos seja aumentado uma vez que "a procura que é característica da nossa cidade e do nosso estádio" não permite que o clube satisfaça as procura dos seus adeptos com 10 por cento da capacidade do Estádio D. Afonso Henriques.

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