O advogado Vítor Murta, de 43 anos, foi hoje eleito presidente do Boavista para os próximos três anos, sucedendo desta forma a João Loureiro, que decidiu não se recandidatar.

Vítor Murta, um especialista em Direito Fiscal, era até hoje o presidente adjunto do clube e tomou posse do cargo pouco mais de meia hora depois de as urnas terem encerrado e de ser conhecida a votação.

O sufrágio atraiu 441 eleitores, num universo aproximado de 3.600, segundo indicou uma fonte 'axadrezada', e o novo presidente recebeu 334 votos, tendo-se registado 54 nulos e 53 brancos.

Logo após ser empossado, Vítor Murta fez o seu primeiro discurso e focou a sua atenção nos sócios, dezenas dos quais assistiram à cerimónia, realizada no auditório do Estádio do Bessa, no Porto, e anunciou uma viragem.

"Os sócios têm que ser respeitados", salientou, prometendo-lhes "uma série de mecanismos" para levar novamente ao estádio aqueles que deixaram de lá ir ver os jogos da equipa de futebol.

Vítor Murta anunciou ainda que o ex-capitão do Boavista e campeão nacional da época 2000/ 2001, Litos, colaborará com a nova equipa diretiva no que toca ao futebol profissional, explicando que o objetivo é um Boavista fiel à sua identidade, "em que canela era até ao pescoço".

O presidente eleito disse que "o futuro passa pela formação", a qual precisa de ter "condições para potenciar o futebol profissional", e queixou-se de haver "dois pesos e duas medidas" face ao Boavista, uma tese que a SAD expôs na quinta-feira, em reação ao castigo de quatro jogos que a Liga aplicou ao médio David Simão.

"Vão novamente ouvir falar do Boavista, porque nós não nos vamos calar. Quando forem cometidas injustiças contra o Boavista, vamos ser os primeiros a ir para a frente, porque nós não temos medo de ninguém e vamos defender os nossos interesses até à última", afirmou.

Aos jornalistas, Vítor Murta disse que um dos grandes objetivos da sua direção será voltar a fazer do Estádio do Bessa "uma verdadeira fortaleza", o que implica atrair mais adeptos.

"Vamos criar medidas que vão permitir aos sócios ir ao estádio, nomeadamente bilhetes mais apetecíveis", reforçou.

O dirigente afirmou também acreditar "plenamente na equipa", que disputa a I Liga portuguesa de futebol, e no seu treinador, Jorge Simão. À 14.ª jornada, o Boavista encontra-se no 13.º lugar, com 13 pontos.

Além de uma nova direção, liderada por Vítor Murta, foram ainda eleitos uma nova Assembleia-Geral, presidida por Tavares Rijo, um "histórico" do clube muito ligado ao ciclismo, e um novo Conselho Fiscal, chefiado pelo médico Joaquim Agostinho.

João Loureiro, o anterior presidente do Boavista, dirigirá o Conselho Geral do clube, um órgão consultivo, e tomará posse do cargo noutra altura.

O agora ex-presidente explicou, em 05 deste mês, que decidiu não se recandidatar por razões pessoais e por considerar "estar no essencial concluído" o trabalho que se propôs realizar, quando, há seis anos, decidiu candidatar-se de novo à presidência da direção, numa altura em que o Boavista militava ainda no Campeonato Nacional de Seniores.

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