Os sócios do Vitória de Guimarães, da I Liga portuguesa de futebol, reprovaram hoje o relatório e contas das atividades do clube na época 2020/21, na qual teve um resultado negativo de 3,6 milhões de euros.

Numa assembleia-geral ordinária realizada no Pavilhão Desportivo Unidade Vimaranense, durante a tarde, cerca de 300 associados apreciaram, discutiram e votaram um documento em que o passivo subiu dos 6,8 para os 7,8 milhões de euros, entre 2019/20 e 2020/21, após a descida ininterrupta que se verificou desde 2011/12, quando esse valor era de 24 milhões de euros.

Depois de um resultado operacional positivo de 519 mil euros na temporada 2019/20, o emblema minhoto apresentou, no relatório e contas consultado pela Lusa, um valor operacional negativo de 2,77 milhões de euros, antes do resultado líquido se fixar nos 3,6 milhões de euros em virtude das depreciações, amortizações, juros e impostos.

Essa variação deveu-se à quebra das vendas, dos 3,83 para os 2,95 milhões de euros, muito por causa das menores receitas de quotização, que o Vitória atribui à pandemia de covid-19, e à participação de 40% na SAD, que teve um resultado líquido negativo de 8,2 milhões, aprovado pelos acionistas em 30 de setembro.

Essa participação de 40% no início da época 2020/21 passou a ser de 51% em 30 de novembro do ano passado, após paga a primeira tranche do acordo com o anterior acionista maioritário, Mário Ferreira, para a compra das ações que detinha na sociedade desportiva vitoriana – 56,4%.

Por causa das perdas associadas à SAD, os gastos operacionais do clube nas atividades para além do futebol profissional – outras modalidades desportivas, piscinas e parte do futebol de formação - aumentarem mais de dois milhões de euros.

Já a subida do passivo deu-se inteiramente no âmbito corrente, associado a dívidas que habitualmente exigem pagamento no prazo de um ano: o valor duplicou dos 1,7 milhões para os 3,5 milhões de euros entre uma época e outra, devido à rubrica “financiamentos obtidos”, que, em 2019/20, se cifrava em 148 mil euros e, em 2020/21, estava nos 1,8 milhões.

O documento esclarece ainda que, dos 7,8 milhões de euros de passivo, 5,2 respeitam ao Plano Extrajudicial de Conciliação (PEC), adotado em 2012 como plano de pagamento para as dívidas que os minhotos tinham.

Já o ativo caiu dos 32,1 para os 29 milhões de euros entre uma e outra temporada, pelo que o capital próprio – ou fundo patrimonial – do Vitória passou a ser de 22,2 milhões de euros, descendo 14,9%.

O Conselho Fiscal aprovou o Relatório e Contas por unanimidade no seu parecer, mas os sócios presentes na reunião magna acabaram por ‘chumbar’ o documento.

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