O Boavista “quer muito” manter uma “boa onda” de resultados na I Liga na visita ao Famalicão, desejou hoje o treinador Petit, acautelando os efeitos da mudança técnica nos minhotos.

“Queremos dar continuidade ao bom momento. Veremos amanhã [domingo] se estes 15 dias de pausa [do campeonato] foram bons ou maus, mas o foco passa por trabalhar e lutar pelos três pontos, sabendo que vai ser um jogo extremamente difícil. O adversário quer muito reagir com o seu novo treinador, mas olhámos para o que devemos fazer e esperamos dar uma boa resposta”, estabeleceu o técnico, em conferência de imprensa.

Ao vencerem na receção ao Sporting (2-1), em 17 de setembro, as ‘panteras’ somaram o terceiro triunfo seguido e cimentaram o segundo melhor arranque no século XXI, com 15 pontos em 21 possíveis, contra os 16 totalizados à sétima jornada da edição 2001/02 do campeonato, época na qual defendiam o único título de campeão nacional conquistado.

“Não sei se [as pessoas] estão rendidas, mas olham para um Boavista diferente. Temos trabalhado para valorizar o nosso jogo e os nossos jogadores. A época passada foi caso disso. Este ano há uma base que trabalhou comigo durante seis meses e fomos buscar atletas que se identificassem com o clube, a ideia de jogo e o processo de treino. Estou satisfeito com o plantel, que é competitivo e tem soluções para várias posições”, elogiou.

Se o Boavista surge no quarto lugar, o Famalicão está no 16.º, de acesso ao ‘play-off’ de manutenção e despediu Rui Pedro Silva para apostar no regresso de João Pedro Sousa, que orientou os ‘axadrezados’ na primeira metade da temporada passada.

“Quando há uma mudança de treinador, há sempre uma reação. Estamos um pouco às escuras em termos de jogadores. A nível de sistema, o João Pedro Sousa não abdicará muito do ‘4-3-3’, seja com um médio defensivo e dois interiores ou vice-versa, extremos abertos e laterais mais baixos. Conhecemos um pouco daquilo que tinha trabalhado na sua primeira passagem pelo Famalicão e do tempo passado no Boavista”, alertou Petit.

O gambiano Yusupha debelou uma fratura do malar esquerdo e “já recebeu alta médica”, enquanto Reggie Cannon sofreu uma rotura num adutor esquerdo ao serviço da seleção dos Estados Unidos e vai encarar uma paragem estimada entre quatro e cinco semanas.

Gaius Makouta (Congo), Kenji Gorré (Curaçau), Martim Tavares (sub-20 luso) e Róbert Bozeník (Eslováquia) completam o quinteto de internacionais novamente à disposição de Petit, que tem “alguns nomes em dúvida, por pequenos toques sofridos em jogos-treino”.

“Fizemos três jogos particulares que nos permitissem continuar a evoluir o processo de jogo. Foram bons para quem não têm jogado se manter competitivo e com índices físicos sempre em cima. Deu também para assimilar novas ideias e processos, porque sentimos que a equipa está solta, feliz, alegre a trabalhar e contente por estar nesta classificação. Agora, são só sete jornadas e queremos muito mais. Somos ambiciosos e trabalhamos todos os dias para chegar aos jogos e dar boas respostas, que são as vitórias”, finalizou.

O Boavista, quarto classificado, com 15 pontos, visita o Famalicão, 16.º e antepenúltimo, com quatro, no domingo, às 20:30, no Estádio Municipal de Famalicão, em encontro da oitava jornada da I Liga, com arbitragem de Gustavo Correia, da associação do Porto.