O treinador João Pedro Sousa rejeitou hoje pensar num Boavista restringido à luta pela permanência na I Liga de futebol de 2021/22, apontando como “objetivo muito claro” ajudar o clube a consolidar-se na classificação.

“Nem sequer falo em lutar pela permanência. Isso está completamente fora de questão. Agora, claro que sabemos das dificuldades que sentimos num passado recente e temos de trabalhar para evitá-las. A meta é muito clara: fazer melhor do que no ano passado e ganhar mais do que os oito jogos que vencemos em 2020/21”, desejou o técnico, nas primeiras declarações aos jornalistas desde que assumiu o comando dos ‘axadrezados’.

Na última temporada, o Boavista alcançou a manutenção apenas à 34.ª e última jornada, com uma reviravolta frente ao Gil Vicente (2-1), para ficar no 13.º lugar, com 36 pontos, cinco acima da zona de descida e apenas com dois de vantagem sobre a posição de acesso ao ‘play-off’ de manutenção.

“Muito sinceramente, penso que o primeiro erro neste momento era assumir que queríamos começar a pensar nas provas europeias. Temos de preparar a equipa para evitar os percalços de 2020/21, estruturar-nos e organizarmo-nos bem. A história do Boavista obriga-nos a uma exigência muito grande, que faz parte da minha forma de trabalhar”, vincou João Pedro Sousa, que assinou um contrato até 2022/23.

A contratação do treinador foi oficializada na segunda-feira, coincidindo com o arranque dos trabalhos de pré-temporada dos portuenses, um dia depois de Jesualdo Ferreira ter negociado por mútuo acordo a rescisão do vínculo extensível até junho de 2022.

“Fui contactado pelo presidente [Vítor Murta] e resolvemos tudo em cinco minutos. Foi muito rápido, porque a minha vontade era muito grande. Só a primeira vez que ouvi o nome do Boavista levou-me logo a fazer as malas. Independentemente do passado, é uma honra e um privilégio trabalhar num clube que sempre olhei como grande”, referiu.

João Pedro Sousa, de 49 anos, vai cumprir a segunda experiência no escalão principal, praticamente cinco meses depois de ter deixado o Famalicão, à 16.ª jornada, na 16.ª posição, com 14 pontos, resultantes de três vitórias, cinco empates e oito derrotas.

“Não vamos confundir as coisas. Cada clube tem o seu contexto, ADN e história e o Boavista é um caso muito especial. Vim cá com o objetivo de jogar sempre bem, mas, essencialmente, de ganharmos mais vezes. Além da vertente desportiva, quero ajudar o clube a crescer muito e a ocupar o espaço que tem de ocupar no futebol português. Queremos o Boavista que nós conhecemos e que compita como há 20 anos”, projetou.

Essa despedida do Famalicão contrastou com 2019/20, quando os minhotos, então promovidos à I Liga, 25 anos depois, assinaram a melhor de oito participações e foram sextos colocados, com 54 pontos, a um ponto do inédito acesso às provas europeias.

“Encontrarão um João Pedro Sousa diferente daquele que iniciou outras temporadas, até por estes contextos serem totalmente distintos. Reforços? Chegámos esta semana, mas estamos a conversar diariamente e a trabalhar para identificar os melhores”, concluiu.

O Boavista iniciou hoje o terceiro dia de pré-temporada, ao trabalhar com 25 jogadores, os mesmos que participaram há dois dias no arranque dos trabalhos, no complexo contíguo ao Estádio do Bessa, no Porto, sob olhar do presidente Vítor Murta.

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