O diretor-geral para o futebol do Benfica afirmou que "nada será igual depois da COVID-19", exceto "a necessidade" de o clube "ganhar sempre", razão pela qual tem de se manter "preparado" durante este interregno da competição.

"Tenho ouvido dizer que nada será igual depois da covid-19, mas eu acrescento que nada será igual depois da COVID-19, exceto a necessidade de o Benfica ganhar sempre. Portanto, temos de ter a estrutura e a equipa ligadas, para, quando chegar a hora de competir, estarmos a 100%", disse Tiago Pinto, em entrevista à BTV.

Em Portugal, as competições foram suspensas em 12 de março, devido à pandemia de COVID-19, passando o trabalho dos jogadores a ser desenvolvido a partir de casa.

Praticamente um mês depois do início do isolamento, o Benfica anunciou, na quarta-feira, que os atletas iriam iniciar um periodo de férias, depois de se concluir que "o estado emocional dos jogadores estava alterado", justificou na altura o clube da Luz.

"Um jogador está habituado a ter 30 dias seguidos sem folgas, sempre em atividade. Não está habituado a estar 30 dias em casa, sem treinar, sem tocar na relva e estar com os colegas. Gostam de competir de quatro em quatro dias e, agora, estão limitados há mais de um mês", explicou Tiago Pinto.

Mesmo durante este periodo de isolamento, Tiago Pinto salientou que o treinador Bruno Lage "não dá descanso a ninguém" e que este tempo tem sido dedicado a "muita análise de jogo e treino, e antecipando o que vem aí".

Por outro lado, o diretor-geral das ‘águias' assumiu que "os próximos mercados de transferências vão ser influenciados pelo que está a acontecer", uma vez que é visível "o impacto que [a COVID-19] está a ter na economia", e deixou a garantia de que "depois do vírus, a política de aposta na formação não vai mudar".

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da COVID-19, já provocou mais de 103 mil mortos e infetou mais de 1,7 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Dos casos de infeção, mais de 341 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Em Portugal, que está em estado de emergência desde 19 de março e até ao final do dia 17 de abril, registaram-se 470 mortos e 15.987 casos de infeção confirmados, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde.