O presidente do Sporting de Braga, António Salvador, revelou hoje, na apresentação da sua recandidatura à liderança do clube, o desejo de reconstruir o antigo Estádio 1.º de Maio, transformando-o num recinto de "terceira geração".

Com o lema "Este é o nosso Braga", o dirigente apresentou o seu programa eleitoral para o quadriénio 2021/25, cujas eleições decorrem em 21 de maio, sobressaindo a intenção de encontrar "uma solução para aproximar o clube ao centro da cidade, um estádio de terceira geração virado" para os sócios, adeptos e suas famílias.

Nesse sentido, António Salvador revelou ter apresentado à Câmara Municipal de Braga, em 15 de dezembro de 2020, uma proposta de projeto de requalificação do '1.º de Maio' elaborado por uma equipa de arquitetos que construiu a Cidade do Futebol da Federação Portuguesa de Futebol e o Estádio do Dragão.

"Durante um ano fizemos um estudo, em que ouvimos os sócios e os adeptos, a sociedade e o tecido empresarial para melhorar o atual estádio [municipal] e a conclusão foi que ele não serve para os adeptos e que é um entrave para o crescimento do Sporting de Braga, porque não foi construído para a vertente desportiva e para a emoção do que é um jogo de futebol. O estádio foi construído para ganhar prémios de arquitetura", disse.

Por isso, António Salvador quer reconstruir o Estádio 1.º de Maio, demolindo as bancadas e o seu interior, em franco processo de degradação, mas mantendo a fachada e "todo o património", construindo um estádio coberto, sem pista de atletismo (seria construída uma a poucas centenas de metros, no Parque das Camélias), para 20.000 espetadores, num custo de cerca de 60 milhões de euros, totalmente pago pelo clube.

No campo relvado anexo ao Estádio 1.º de Maio, seria construído um edifício para fins comerciais.

"Queremos transformar urbanisticamente aquela zona, criando uma nova centralização para o dia-a-dia, desde o Parque da Ponte até ao Monte do Picoto, e não apenas para o fim de semana", disse.

Confrontado com a rejeição da proposta, já hoje, em declarações à Rádio Universitária do Minho, por Ricardo Rio, António Salvador respondeu que "há um equívoco" do autarca, que terá entendido que haveria uma demolição total do estádio, o que não acontecerá, explicou o presidente 'arsenalista'.

Salvador abordou ainda o pedido de António Pedro Peixoto, seu adversário em 2017 e que não avançou este ano, de rever os estatutos que obrigam a que um candidato tenha que incluir na sua lista proponente ao Conselho Geral (órgão consultivo do clube formado por antigos presidentes e sócios beneméritos) alguém que o integre, desiderato que não foi conseguido pelo antigo guarda-redes de futsal do Sporting de Braga.

"Esses estatutos já existiam quando cá cheguei há 18 anos. O Conselho Geral é um órgão consultivo, não tem ação direta na gestão ativa do clube. Acho muito bem que sejam os antigos presidentes a presidir ao Conselho Geral e que mudem a um novo mandato", disse.

António Salvador disse ainda que, nos próximos quatro anos, quer continuar a "encurtar distâncias" para os três 'grandes' do futebol português, mas não assumiu o desejo de ser campeão nacional e frisou a vontade de concluir a segunda fase da cidade desportiva, nomeadamente o pavilhão multiúsos, obra que está em andamento.

Joel Pereira, atual diretor para as modalidades, Hugo Vieira (coordenador do futebol de formação) e Cláudio Couto são as novidades na lista candidata para a nova direção.

Mantêm-se José Manuel Fernandes na presidência da mesa da assembleia-geral e Gaspar Vieira de Castro na presidência do Conselho Fiscal, surgindo Luís Machado, antigo presidente da direção na década de 90 no século passado, como presidente do Conselho Geral.

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