Em entrevista ao jornal 'O Jogo', André Villas-Boas considerou que o sucesso do Sporting esta época não tem só a ver com a ausência leonina da Europa. O técnico do Marselha afirma que o calendário mais ligeiro só ajuda "enquanto conseguir manter uma dinâmica positiva".

" Se fosse negativa, era pior. Se começas a perder, as semanas são mais longas, o sofrimento é mais longo e a gestão das expetativas em relação ao próximo jogo é mais intensa. (...) Enquanto se mantém a equipa numa dinâmica positiva, ter menos jogos é bom: há mais tempo para preparar, a qualidade do trabalho é maior e isso ajuda", disse.

Contudo, este não é o único fator para o sucesso do Sporting até ao momento na época para Villas-Boas. O técnico considera que também está relacionado com a "qualidade do trabalho" e com uma "chama" que os jovens treinadores têm.

"É uma chama que depois já não tem mais tarde, quando começa a ficar cansado [risos], começa a levar muita paulada nas costas e eu revejo essa chama no Rúben Amorim, no Abel Ferreira, por exemplo. São marcados por uma chama única. Eu sou diferente, perspetivei a minha carreira mais curta e, se calhar, até é isso, são precisamente esses pontos que acabam por ditar os grandes vencedores, é essa capacidade para manter essa chama sempre viva", disse.

Por fim, Villas-Boas considerou que o Sporting tem "muita qualidade, bom trabalho, uma equipa que joga bem, bem organizada e que está a dar frutos mesmo com o investimento reduzido".