Cristiano Ronaldo não saiu do banco, na humilhante goleada sofrida pelo Manchester United diante do Manchester City (6-3), no dérbi da cidade de Manchester. O avançado português foi 'poupado' ao que parecia caminhar para ser a maior goleada de sempre nos jogos entre as duas equipas, já que o marcador chegou a estar em 6-1, mas sente de forma especialmente negativa, na sua carreira, o jogo de hoje.

Com efeito, este é já o quinto jogo consecutivo em que não é titular, o que não acontecia desde 2003, quando ainda era jogador do Sporting e uma estrela em ascensão no futebol.

Veja as melhores imagens do jogo!

Ten Hag já justificou a sua decisão de não colocar CR7 em campo mas muitos críticos não concordam com o técnico dos Red Devils, como foi o caso do jornalista Piers Morgan.

"Imaginem colocarem Cristiano Ronaldo no banco de suplentes no jogo mais importante do Manchester United desta temporada, usar cinco substituições enquanto são martelados e depois dizer que foi por uma questão de respeito? Ten Hag é um idiota arrogante e iludido. A forma como está a tratar Ronaldo é vergonhosa", escreveu Piers Morgan na sua conta oficial na rede social 'Twitter'.

Já Gary Neville, antigo defesa do Manchester United, diz compreender a decisão do técnico de não colocar Ronaldo em campo no Etihad Stadium.

"Eu percebo o seu ponto de vista, para ser sincero. Colocá-lo num 4-0 ou 6-1 no marcador teria sido um insulto. Talvez não se tenha expressado da melhor forma possível, mas gosto da sua honestidade", escreveu também no Twitter.

A publicação do antigo lateral do United teve resposta de Piers Morgan. "Vá lá, tu sabes bem que o Ronaldo estava desesperado para entrar no jogo, independentemente do resultado que estivesse", atirou o jornalista.

O jogo, da nona jornada da Premier League, mantém o campeão City na peugada do líder Arsenal: 21 pontos para os londrinos, 20 para a formação de Manchester.

Já o United, interrompe uma série de quatro vitórias e permanece no sexto lugar, a nove pontos do comandante.

O dérbi de Manchester com mais golos de sempre começou a aquecer logo aos oito minutos, com o primeiro tento de Foden, a finalizar uma ação ofensiva que passou por De Bruyne e Bernardo Silva.

O 'festival' Haaland começou aos 34, com o golo de cabeça a corresponder bem a canto de De Bruyne. Volvidos três minutos, ‘bisou’, após jogada que passou por Grealish e De Bruyne, de novo.

Aos 44, Haaland fez um passe 'de morte' para Foden, que assim também chegou ao segundo golo e colocou o marcador em já 'pesados' 4-0 ao intervalo.

Verdadeiramente 'asfixiado', o United não contabilizava mais do que dois remates inofensivos, de Bruno Fernandes e Eriksen.

Um grande remate do brasileiro Antony, a 20 metros da linha de golo, atenuou as contas no Ettihad, aos 54 minutos.

Pouco se preocupou o City, que foi logo à procura de mais, e conseguiu-o, novamente por Haaland (64 minutos, a passe de Goméz) e Foden (72, a passe do norueguês).

Com as bancadas em delírio - "queremos o sétimo" -, acabou por ser o United a atenuar o que era, então, o mais desnivelado resultado entre os rivais.

Marcaram o francês Anthony Martial, aos 84 minutos, de cabeça, e de novo o brasileiro Antony, aos 90+1, a converter grande penalidade após falta de Cancelo sobre Martial.