Os responsáveis da Premier League emitiram um comunicado no qual criticam fortemente o governo depois de este ter adiado os planos para o regresso do público aos estádios. No mesmo comunicado, é ainda avançado que os clubes da Premier League recusam a possibilidade de levarem a cabo mais eventos-teste, depois do já realizado num encontro amigável entre Brighton-Chelsea, por considerarem demasiado escasso o número de espectadores permitidos para esses 'ensaios'.

"A Premier League enviou hoje uma carta ao governo no qual expressa as suas preocupações face às decisões tomadas de restringir, e potencialmente adiar, o programa planeado para o regresso dos adeptos aos estádios. Com eventos-teste agora limitados a 1000 espectadores, acreditamos que estes não constituirão de todo uma forma de testar convenientemente e avaliar as medidas desenhadas para maximizar a segurança dos adeptos. Assim, a Premier League vai recusar a realização desses ensaios até que seja permitido um número de adeptos considerado suficiente para que testes minuciosos sejam levados a cabo", explica a Liga inglesa.

Para a Liga inglesa, pouco se aprenderá com apenas 1000 espectadores no recinto e, além disso, tal constituiria um significativo prejuízo. Prejuízos que, acrescenta o organismo, crescerão a cada mês que se vá somando ainda sem adeptos nos estádios. "Por cada mês da temporada sem adeptos, perdem-se mais de 100 milhões de libras  [cerca de 110 milhões de euros] pelas várias Ligas profissionais [os primeiros quatro escalões do futebol inglês], com os consequentes danos que tal acarreta para a economia local e nacional". aponta.

Os jogos da liga inglesa vão decorrer à porta fechada pelo menos até 1 de outubro, data em que o governo britânico e as entidades ligadas ao futebol vão discutir e avaliar a possível introdução de público nas bancadas.

A edição 2020/21 da liga inglesa arranca oficialmente no sábado, com destaque para a receção do campeão Liverpool ao recém-promovido Leeds United.

A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 910.300 mortos e mais de 28,2 milhões de casos de infeção em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.