Portugal procura na terça-feira, diante da Suíça, afastar os ‘fantasmas’ das últimas três edições do campeonato do Mundo de futebol e garantir uma vaga nos quartos de final, depois de um desempenho preocupante com a Coreia do Sul.

O desaire de sexta-feira (1-2), na derradeira jornada do Grupo H, trouxe à tona vários dos problemas que têm a afetado a seleção nacional no Qatar – mas que já vêm de trás -, nomeadamente a irregularidade exibicional durante os 90 minutos de um jogo e a incapacidade para corresponder efetivamente ao talento dos jogadores que compõem o elenco luso.

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Apesar de ter assegurado o primeiro posto e o consequente apuramento logo à segunda ronda, com um triunfo sobre o Uruguai (2-0), a equipa das ‘quinas’ revelou dificuldades em segurar as vantagens diante do Gana (3-2), na estreia, e dos uruguaios (2-0), e os predicados escassearam ainda mais frente aos sul-coreanos, que aproveitaram para ‘carimbar’ a passagem.

Ainda assim, nem a liderança nem o apuramento fugiram e Portugal vai agora protagonizar nos ‘oitavos’ um duelo europeu com a Suíça, formação que ‘sobreviveu’ a um Grupo G que tinha Brasil, Sérvia e Camarões, e que, na derradeira jornada, ficou à distância de um golo de assegurar a primeira posição, conquistada pelos brasileiros.

Os helvéticos tiveram registo idêntico ao da formação lusa, com duas vitórias e uma derrota: bateram os africanos (1-0), perderam com o ‘escrete’ (0-1) e venceram os sérvios (3-2), garantindo a presença na próxima fase pela terceira edição seguida, desde 2014.

De resto, este será o terceiro confronto entre as duas seleções este ano, na sequência dos dois realizados para a Liga das Nações, ambos no espaço de uma semana, em junho, com Portugal a golear por 4-0 em Alvalade e, uma semana volvida, a ser derrotado por 1-0, em Genebra.

Na ‘mira’ lusa está a primeira presença nos quartos de final desde 2006, em que atingiu as ‘meias’, sendo que nas três presenças seguintes, em 2010, 2014 e 2018, o melhor que conseguiu foi chegar precisamente aos ‘oitavos’ na África do Sul e na Rússia. Pelo meio, ficou-se pela fase de grupos no Brasil.

Após ter alterado seis ‘peças’ frente aos asiáticos, Fernando Santos deverá voltar à ‘versão’ que garantiu os dois triunfos nesta edição do Mundial, prevendo-se os regressos de Rúben Dias, Raphaël Guerreiro, William Carvalho, Bruno Fernandes, Bernardo Silva e João Félix ao ‘onze’, no qual se manterão Diogo Costa, João Cancelo, Pepe, Rúben Neves e Cristiano Ronaldo.

Nem mesmo a exibição absolutamente alheada – por vezes até confrangedora – frente à Coreia do Sul tirará a vaga entre os titulares ao capitão, tendo em conta o estatuto de que beneficia nas escolhas de Fernando Santos, que, nos 80 jogos em que utilizou Ronaldo, só em três deles não o lançou de início: dois com Andorra (um oficial em 2017 e um particular em 2020) e, mais recentemente, com a Espanha, na Liga das Nações, em Sevilha.

Uma das poucas dúvidas que poderá estar na cabeça do selecionador é a eventual titularidade de Diogo Dalot, um dos poucos – se não mesmo o único – a escapar à exibição coletiva desastrosa no último jogo e que, neste caso, relegaria Cancelo ou Guerreiro para o banco de suplentes. Um cenário que não se afigura fácil, mas, ainda assim, não é de descartar.

Portugal e Suíça jogam na terça-feira, a partir das 22:00 locais (19:00 em Lisboa), no Estádio de Lusail, o maior dos oito recintos do Mundial (capacidade para 88.000 espetadores) e onde a equipa das ‘quinas’ bateu o Uruguai na segunda-feira.

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