O Mundial2022 de futebol, no Qatar, será o primeiro a ter um serviço independente de diagnóstico e reabilitação para comoções cerebrais, revelou hoje a FIFA num seminário que organizou e ao qual assistiram os médicos das seleções participantes.

Este sistema, baseado no princípio de ‘suspeitar e proteger’, proporcionará uma avaliação assente em dados de qualquer jogador que tenha sofrido um traumatismo crâneoencefálico e contém recomendações para o regresso à atividade desportiva feitas por especialistas neste tipo de lesões.

A FIFA recordou que o International Board (IFAB), por sugestão sua, aprovou a medida que permite às equipas operar uma substituição adicional por jogo devido a uma comoção cerebral por parte de um jogador, independentemente do número de alterações feitas até esse momento.

O organismo máximo do futebol mundial realçou, também, entre as novas medidas tomadas para este Mundial, a introdução de uma sucessão de imagens instantâneas que permitirão aos médicos das seleções observar como é que uma lesão ocorreu, além da criação da figura do coordenador médico da FIFA, a quem competirá avaliar a possibilidade da existência de uma lesão grave.

O seminário, orientado pelo doutor Andrew Massey, diretor do departamento de medicina da FIFA, e que decorre no país organizador do próximo Campeonato do Mundo, inclui um curso de medicina de urgência para competições daquele organismo e uma apresentação de todos os serviços médicos que estarão disponíveis durante o Mundial.

Os participantes no seminário visitaram as instalações médicas destinadas aos jogadores e inspecionaram as ambulâncias de cuidados intensivos que estarão operacionais no Qatar, sendo que todas as sedes do Mundial disporão de instalações e equipamento médico ‘standard’ para facilitar o seu uso por parte dos médicos das seleções.

Os médicos das federações receberam os novos ‘kits’ de urgência, que incluem um desfibrilhador externo automático e material necessário para enfrentar qualquer situação que requeira um suporte básico avançado.