A guerra no Médio Oriente tem causado dificuldades aos desportistas, nos dois lados do conflito. A seleção israelita assim como os clubes que estão nas provas da UEFA têm jogador fora do país, o que implica sempre uma logística diferente, além de não poder contar com o apoio do público.
Esse sentimento foi expresso por Dor Peretz, capitão da seleção do Israel, na antevisão ao jogo contra a França, em Budapeste, a contar para a Liga Nações da UEFA.
"Acho que vocês não fazem ideia do quanto difícil é a situação, quando os nossos soldados defendem o nosso país, quando ainda há reféns", referiu o médio de 29 anos.
O ataque do Hamas no sul de Israel no dia 7 de outubro de 2023 desencadeou uma contra-ofensiva israelita na Faixa de Gaza, que se estendeu ao Líbano nas últimas semanas. Segundo uma contagem da AFP, o ataque do Hamas causou a morte de 1.206 pessoas, maioritariamente de civis.
A ofensiva militar de Israel fez 42.010 mortos em Gaza, a maioria também civis, segundo dados do Ministério da Saúde do governo do Hamas, considerados fiáveis pela ONU.
Desde o início da guerra na região, a UEFA proibiu "até nova ordem" a organização de jogos em Israel, cuja seleção faz os seus jogos caseiros na Hungria.
Peretz, que tem também nacionalidade portuguesa, aponta que existem coisas mais importantes do que o futebol. Porém, garante que, por agora, a equipa irá dar o melhor pelo país.
“Antes de tudo, somos cidadãos deste país. Sentimos na pele tudo o que acontece, mas temos que encontrar um equilíbrio, separar o lado pessoal quando entramos em campo", comentou Ran Bem Shimon, selecionador de Israel.
Para o treinador de 53 anos, o papel da seleção passa por continuar concentrada no desporto.
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