As notícias da morte da Superliga parecem ter sido manifestamente exageradas. Na conferencia 'Nova Economia' o chefe executivo do projeto, Bernd Reichart, afirmou que a Superliga está viva e será o futuro do futebol europeu. Ao lado dos presidentes de Real Madrid e FC Barcelona, o CEO do projeto afirmou que vários clubes têm voltado a olhar para a Superliga com bons olhos.

"A Superliga não está morta, está muito viva e é o futuro. Desde outubro, e nas últimas semanas, falei com mais de 30 clubes, que se tinham afastado do projeto por temerem sanções. Mas cada vez têm menos medo: sabem que têm de ser donos do seu próprio destino", afirmou Reichart.

Apesar do caso ainda estar em discussão nos tribunais, Reichart agarrou-se a um parecer não vinculativo divulgado na última quinta-feira pelo juiz Athanasios Rantos, do Tribunal de Justiça da União Europeia após queixa da A22 Sports Management, promotora da Superliga, contra a FIFA e a UEFA.

"O parecer do juiz reconhece que qualquer entidade pode organizar provas, e que UEFA e FIFA não têm essa exclusividade", disse o alemão aos jornalistas.

Bernd Reichart mencionou também que  há cada vez mais adeptos da Superliga espalhados pela Europa, muito devido à maneira como a mesma combate a dispersão no futebol atual.

"Em Espanha, dois em cada três jovens até aos 25 anos querem a Superliga. Os jovens devem ver 90 minutos de futebol num jogo, não resumos no ‘TikTok’", sublinhou Reichart.

Também Luís Alonso, advogado que representa a A22 Sports Management na queixa contra a UEFA e FIFA no Tribunal de Justiça da União Europeia, acredita que a decisão que daí sairá em abril favoreça a Superliga, para que esta passe finalmente à prática.

"A União Europeia diz [no parecer] que é legal jogar, criar e participar noutras provas. E se o ‘caso Bosman’ revolucionou a livre circulação de jogadores, que a Superliga represente agora a liberdade para os clubes organizarem provas. Até aqui, UEFA e FIFA restringem essa criação, mas a livre competência do desporto é um dos pilares da própria União Europeia", disse Alonso.

Recorde-se que em abril de 2021 um conjunto de grandes clubes europeus, encabeçados por Real Madrid, Juventus e Barcelona, anunciaram a criação de uma Superliga, prova semelhante à atual Liga dos Campeões, mas totalmente fechada à entrada de novos clubes para além dos fundadores.

A ideia foi totalmente rejeitada pela maioria dos adeptos dos clubes envolvidos, levando os mesmos a recuar na decisão de aderir.

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