O IFAB (International Football Association Board), organismo que rege as leis do futebol, decidiu esclarecer a sua interpretação da alteração feita à Lei 16 (pontapé de baliza), considerando que devem ser anulados os lances idênticos ao protagonizado por Rúben Dias e Vlachodimos no jogo do último domingo entre Benfica e Milan, da International Champions Cup.

No lance em causa, Vlachodimos transforma um pontapé de baliza num passe curto para o defesa central que, por sua vez, devolve de cabeça para as mãos do guarda-redes. A jogada prossegue com o grego a lançar, à mão, a bola para o ataque.

O Sub-Comité Ténico do IFAB vai reunir no sentido de se pronunciar, em definitivo, sobre a questão, mas até lá, "a solução provisória encontrada foi 'neutral'", indica o antigo árbitro Duarte Gomes através de uma publicação no Facebook.

Ou seja, de acordo com o IFAB, esse tipo de lances não será permitido, mas também não dará origem a nenhuma sanção em campo, obrigando apenas as equipas a repetir o pontapé de baliza.

Duarte Gomes considera que a decisão do IFAB "é oportuna e correta". "O procedimento, em si, é de legalidade técnica inabalável (isso é claro e evidente), mas a verdade é que explora uma lacuna na lei, cujo espírito é, precisamente, o de permitir que o jogo tenha mais dinâmica e menos perdas de tempo", defende.