Esta quarta-feira, Marco van Basten defendeu em declarações à Sky Sports a eliminação da regra do fora de jogo no futebol por considerar que "o jogo seria melhor sem ela".

"Estou convencido que a regra do fora de jogo não é boa. Pelo menos gostaria que se experimentasse eliminá-la, para mostrar que o futebol também é possível sem essa regra. Acredito que o jogo seria melhor sem ela", começou por referir, acrescentando que "o futebol é um jogo fantástico, mas acho que ainda temos muito que fazer para o tornar ainda melhor, mais espetacular, mais interessante, mais excitante. Temos de trabalhar nisso".

O antigo internacional holandês e ex-diretor técnico da FIFA sustentou ainda que o desaparecimento do fora de jogo aumentaria o tempo útil dos encontros, por achar que estes já têm demasiadas paragens. "Vejam o tempo que se perde com lançamentos, lesões, não é isto que as pessoas querem ver. Temos de fazer algo, as pessoas querem ação. Há tantas situações em que o que se está a ver é... nada! Isso não é bom para o jogo", salientou.

"As equipas encontrariam uma forma de jogar sem ele. Se desaparecer o fora de jogo, a linha defensiva desce mais. Vão dizer que os defesas recuam porque ficarão com receio que os avançados lhes apareçam pelas costas. Mas aí ficam todos em cima do guarda-redes, que não vai conseguir ver nada. Por isso as equipas encontrariam uma solução", garantiu, acrescentando ainda que "o guarda-redes ia querer toda a gente fora dali e isso tornar-se-ia interessante. Se os avançados puderem mexer-se por trás dos defesas haverá mais possibilidades de golo. Tornaria a missão de defender bem mais difícil".

Van Basten lembrou ainda que "se estás a defender e não há fora de jogo, podes ter um ou dois jogadores mais adiantados para quando recuperares a bola a colocares logo no ataque. A equipa atacante tem de estar mais atenta do que está agora porque o campo ficaria maior" e "quando o campo se torna maior, há mais opções para os jogadores em posse e para os treinadores poderem explorar isso. O problema é que temos o fora de jogo. Quanto tempo passamos a discutir se um jogador está ou não em jogo? Muito!"