O futebolista Jota reconheceu hoje que as recentes passagens de Portugal pelas finais de torneios continentais jovens ajudam a abordagem da seleção de sub-21 à final do Europeu da categoria frente à Alemanha, no domingo, em Ljubljana.

“É um ponto positivo para nós, mas todos os jogos e finais são diferentes e há que estar preparados para tudo. A história certamente nos vai ajudar e agora depende do nosso trabalho e talento conquistar este título. É aquele no qual temos de dar tudo para ganhar, já que é o nosso objetivo máximo”, vincou o avançado, em declarações aos jornalistas.

Portugal, finalista vencido em 1994 e 2015, e Alemanha, vencedora em 2009 e 2017 e vice-campeã em 1982 e 2019, defrontam-se no domingo, às 21:00 (20:00 em Lisboa), no Estádio Stozice, em Ljubljana, numa final com arbitragem do georgiano Giorgi Kruashvili.

“Ainda não analisámos nada sobre a Alemanha, mas, para ter aqui chegado, obviamente será uma seleção muito forte. Temos as nossas valências e vamos tentar contrariar as deles para conseguirmos alcançar o título. Para muitos jogadores desta geração será a quarta final e estamos muito contentes, mas o trabalho ainda não está feito”, advertiu.

Jota, de 22 anos, é um dos seis elementos que podem completar o pleno de títulos europeus nos escalões sub-17, sub-19 e sub-21, a par dos guarda-redes Diogo Costa e João Virgínia, dos defesas Thierry Correia e Diogo Queirós e do médio Florentino Luís.

“Seria algo que muito poucos na história conseguiram alcançar. Sabemos que é muito difícil, mas queremos entrar nesse nível. Por aquilo que temos vindo a fazer, face ao nosso trabalho e àquilo que o ‘mister’ tem feito para fazer com que a equipa funcione da melhor maneira, estamos numa boa onda e muito confiantes para tal aconteça”, notou.

Portugal chega à final depois de ter vencido o Grupo D, com nove pontos, resultantes de triunfos sobre Croácia (1-0), Inglaterra (2-0) e Suíça (3-0), e afastado as pentacampeãs Itália (5-3, após prolongamento), nos quartos de final, e Espanha (1-0), nas ‘meias’.

“Se o pior já passou? Acho que não, porque há tanta qualidade nestes sub-21 que cada jogo pode ser interpretado como uma final. Tudo pode acontecer. O nível é altíssimo e cada vez estamos mais preparados para integrarmos um dia mais tarde as seleções ‘AA’. Esta é uma excelente plataforma para lá conseguir chegar com qualidade”, observou.

Ausente da primeira fase, entre 24 e 31 de março, devido a lesão, João Filipe, conhecido no futebol por Jota, atuou nos últimos dois encontros como suplente utilizado, marcando o quarto golo nacional no jogo frente aos transalpinos, já no prolongamento.

“O nosso papel é estar o melhor possível enquanto estamos lá dentro e aproveitar ao máximo, porque não sabemos quando será a próxima vez que voltaremos a pisar os relvados, ainda por cima nos sub-21, pois muitos acabam agora uma viagem longa de seleções”, frisou o extremo do Benfica, que esteve cedido aos espanhóis do Valladolid.

Sem querer abordar o futuro nos ‘encarnados’, Jota optou por dedicar o percurso invicto dos pupilos de Rui Jorge aos adeptos portugueses que acorreram esta semana aos estádios de Ljubljana e Maribor, sem esquecer “todos aqueles que não conseguiram vir”.

“Essa de que os jogadores dos ‘grandes’ não se davam é uma ideia que se começou a formar há muitos anos, mas dissipou-se ao longo do tempo. O que temos feito comprova que somos uma família e temos estado muito unidos. Queremos o sucesso comum e trabalhamos para isso”, finalizou o extremo, antes do treino vespertino do Parque Tivoli.