Está próximo de começar a participação de Portugal em mais uma edição do campeonato da Europa de futebol. O primeiro adversário é a Hungria que está longe dos êxitos de 1964 em que conseguiu um 3º lugar na prova. Ocupa hoje o 37º lugar do ranking FIFA e tem um plantel com 12 vezes menos valor económico que Portugal (75 M€ vs. 873 M€).

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A sua participação no Euro-2020 foi garantida através de um segundo lugar no grupo da Liga das Nações 2018/19, já que no grupo de qualificação para o Euro-2020 ficou em 4º lugar atrás da Croácia, País de Gales e Eslováquia. No play-off bateu a Islândia de uma forma absolutamente dramática em Budapeste no Puskas Arena. Depois de um erro infantil do seu guarda-redes, esteve a perder por 0-1 até aos 88 minutos de jogo. O recém entrado Nego fez o empate numa bola de ressalto sui generis dentro da área; 4 minutos depois, já no tempo de descontos, Szoboszlai marcou o 2-1 assegurando a passagem da Hungria à fase final do Euro-2020.

Considerando a natureza da organização da presente prova e os atuais estados pandémicos distintos nos países anfitriões, Portugal irá jogar em casa do seu adversário no único estádio que terá 100% da lotação de público (da casa?) nas bancadas. E este é mesmo o primeiro aspecto que Portugal tem de ter em atenção: depois de mais de uma época a competir sem público nos estádios, irá estrear-se em casa do putativo 4º classificado do grupo, que não tem nada a perder e que vem ultra-motivado pela sua 2º participação consecutiva na prova desde 1972. Os primeiros minutos irão ser de muita ansiedade, até porque nas contas do grupo F quem não ganhar à Hungria deverá estar fora do apuramento automático para os 1/8º de final. E faltará ainda jogar com os dois últimos campeões do mundo: a França e a Alemanha.

A Hungria joga num sistema de 5:3:2 fazendo da agressividade e do factor físico a sua maior arma. A sua grande estrela é Dominik Szoboszlai, o médio ofensivo do RB Leipzig, que estará ausente por lesão do Euro-2020. Na baliza Peter Gulacsi aporta a experiência de anos a competir na Bundesliga; no eixo da defesa encontra-se, provavelmente, o seu melhor jogador neste Euro-2020: Willi Orban, defesa central do RB Leipzig, que foi o melhor marcador da equipa na fase de qualificação; o meio-campo a três é liderado por Adam Nagy, que joga em Inglaterra e que em 2016 esteve associado ao Benfica; o ataque é liderado pelo experiente Adam Szalai que fez a sua formação no Real Madrid entre 2007 e 2010.

Portugal nunca perdeu com a Hungria nos treze jogos realizados. Contudo, foi este o adversário que fez mais golos a Portugal no Euro-2016. Inclusivé, terminou em 1º lugar no grupo de Portugal nesta mesma edição da prova.

Espera-se que o jogo de estreia de Portugal seja de maior domínio e posse de bola da nossa selecção. Teremos de ter paciência na circulação da bola e na procura de espaços, e ser capazes de acelerar o jogo nas costas dos médios húngaros sem com isso desequilibrar o nosso posicionamento, pois a Hungria é muito forte no contra-ataque. Nos livres perto da nossa área teremos de ter muita concentração e determinação no ataque à bola, com especial atenção para as movimentações de Orban.

E deixo já a minha aposta ao onze titular: Rui Patricio, Nelson Semedo, Pepe, Ruben Dias, Raphael Guerreiro, Ruben Neves, William Carvalho, Bruno Fernandes, Diogo Jota, Bernardo Silva e Cristiano Ronaldo. Vamos com tudo e com o(s) nosso(s) Santos!

Luís Vilar, Pró-Reitor da Universidade Europeia

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