O selecionador de futebol da Alemanha, Joachim Löw, elogiou hoje o “respeito mútuo” que ajudou a UEFA a decidir o adiamento por um ano o Euro2020 de futebol, devido à pandemia do Covid-19.

“Sinto que o respeito mútuo está novamente a desempenhar um papel mais importante. Todos nós temos que proteger a saúde e a vida das pessoas e é claro que isso também se aplica ao futebol. Portanto, é completamente correto e não havia alternativa a adiar o Euro”, disse.

A UEFA confirmou que o Euro2020 foi adiado para 2021, com a seleção portuguesa a defender o título entre 11 de junho e 11 de julho do próximo ano e no qual defrontará a Alemanha na fase final.

O técnico campeão do mundo em 2014 pelos germânicos, no Brasil, assumiu que os “desenvolvimentos” dos últimos tempos o deixaram “muito apreensivo” e elogiou as atitudes “compreensivas e benevolentes” das pessoas nesta “situação difícil”.

Löw lembrou que todos os atletas “adorariam jogar o Euro este verão”, recordando que é para isso que têm trabalhado, mas entende que agora só lhes resta treinar em casa, mediante as indicações dos respetivos treinadores e clubes “até que fique claro o próximo passo”.

“Todo o atleta vive para esses grandes jogos, para esses grandes torneios que inspiram um país, um continente inteiro, o mundo”, concluiu.

A Alemanha integra o grupo F, juntamente com Portugal, que defende o título conquistado no Euro2016, e a França, campeã do mundo, além de um adversário proveniente dos ‘play-offs’.

O Comité Executivo da UEFA adiou a fase final do torneio continental também para permitir a conclusão dos campeonatos nacionais dos vários países europeus, cuja esmagadora maioria está suspensa, a fim de conter a propagação do novo coronavírus.

O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 180 mil pessoas, das quais mais de 7.000 morreram. Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.

O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 145 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.

Depois da China, que regista a maioria dos casos, a Europa tornou-se o epicentro da pandemia, com mais 67 mil infetados e pelo menos 2.684 mortos, o que levou vários países a adotarem medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

Em Portugal há 448 pessoas infetadas, segundo o mais recente boletim diário da Direção-Geral da Saúde, mais 117 do que na segunda-feira, dia em que se registou a primeira morte no país.