E está aí o embate com a Hungria. Portugal estreia-se já esta terça-feira no Euro 2020, na Puskas Arena em Budapeste. Apesar da vantagem teórica, traduzida através dos números, que dão Portugal como sério favorito, Fernando Santos recorda que não só a qualidade serve para vencer jogos.

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"Eu não olho para estatísticas, eu olho é para os jogos que a Hungria fez com a Islândia, no play-off, com a Polónia, e mais recentemente com a Irlanda. E olho para as declarações do selecionador húngaro. Isso é o que me importa. Eu vejo uma seleção que vai ter um grande apoio do público, e que nos vai obrigar a estar ao nosso nível mais elevado. Dificilmente alguma equipa será melhor ao nível da organização e terá um apoio do público mais fervoroso, e isso foram coisas ditas pelo selecionador húngaro e que presto muita atenção. Não basta qualidade para vencer jogos. Espero uma Hungria a entrar muito forte e que vai jogar olhos nos olhos com Portugal, procurando jogar no terreno todo. Eles gostam de jogar a partir de trás, com um meio-campo muito interessante e depois com dois avançados muito fortes", referiu em conferência de imprensa, quando questionado pelo SAPO Desporto.

Sobre a condição de campeão da Europa, o selecionador nacional frisou que não muda nada essa mudança de estatuto em relação às competições anteriores. "Só aconteceu em 2016. Portugal apresenta-se na mesma condição, com a convição de que assumiu a candidatura. Conseguiu alcançá-la. Assumir a candidatura para tudo fazer para chegar à vitória. Há seis, sete equipas que também têm este objetivo. O que muda é o facto de termos ganho o campeonato na Europa", prosseguiu.

Se a ausência de Dominik Szoboslai é a principal ausência na Hungria, o selecionador espera no entanto um adversário forte no embate da próxima terça-feira. "Têm um meio campo muito sólido. É uma equipa diferente da equipa de 2018 e de 2016", atirou.

Questionado sobre a importância de Raphael Guerreiro na equipa, Fernando Santos recusou individualizar, preferindo dar primazia ao coletivo.  "São importantes todos os jogadores, o importante é o coletivo e não o individual. Individualmente ninguém vai ganhar nenhum troféu."

E a mensagem de  Fernando Santos quis deixar aos adeptos portugueses e aos 4000 (presumíveis) que vão estar presentes no Puskas Arena..."Em França fomos sempre melhores, tivemos bem em todos os jogos. Esse 11 não vão falhar. Os adeptos vão estar torcer fortemente nas praças e a vibrar com a seleção nacional. A minha equipa vai dar tudo o que tem", atirou.

Sobre a escolha de Dalot para render Cancelo, a prestação no Europeu de Sub-21 contribuiu e que maneira para o lateral fosse chamado. "Claro, não se deveu apenas isso, afinal falamos também de um jogador de enorme qualidade e que a tem mostrado. Falamos de um jogador que este muito bem nos sub-21 e quem tem estar a competir ao mais elevado nível nos clubes por onde passa, agora, claro que o facto de ter estado a competir há seis também ajudou."