O principal assessor científico do governo italiano considera ser curto o prazo dado a Roma, uma das cidades-sede do Europeu de futebol, para definir o número de adeptos que podem assistir aos jogos, devido à pandemia da covid-19.

“Seria desejável que a UEFA desse um pouco mais de tempo, é difícil fazer uma previsão para um evento que acontecerá dentro de dois meses”, disse à RAI Franco Locatelli, conselheiro científico do governo italiano.

O responsável considera ser prematuro fazer avaliações quanto a uma percentagem de espetadores e protocolos, adiantando que seria mais viável se fosse possível esperar até maio, para se ter uma previsão mais adequada “à evolução epidemiológica”.

Ainda de acordo com Locatelli, “serão feitos todos os esforços” para manter Roma com o jogo de abertura, entre Turquia e Itália no grupo A, em 11 de junho, bem como os restantes três, mais dois da fase de grupos, e um dos quartos de final.

Roma é uma das 12 cidades que recebem o Europeu, mas corre o risco de perder os jogos, bem como Munique, Bilbau e Dublin, quando a UEFA espera que entregue até 19 de abril “informações adicionais” quanto aos planos para ter espetadores.

Em 06 de abril, o governo italiano já tinha dado autorização à presença de público, mas a concretização efetiva está dependente de um protocolo a apresentar pela comissão científica.

O presidente da Federação italiana de futebol, Gabriele Gravina, defende uma abertura ao público na ordem dos 30%, o que representa cerca de 20.000 espetadores no Estádio Olímpico de Roma.

No Europeu, que decorrerá entre 11 de junho e 11 de junho, além de Roma, as cidades-sede são Munique, Bilbau, Londres, Baku, São Petersburgo, Dublin, Amesterdão, Budapeste, Glasgow, Copenhaga e Bucareste.

A seleção portuguesa, campeã europeia em título, integra o grupo F, juntamente com a França, campeã mundial, a Alemanha e a Hungria.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.929.563 mortos no mundo, resultantes de mais de 135,3 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.