O selecionador Roberto Mancini destacou hoje a “mudança geracional” e a “juventude muito forte” da Espanha, que tem tudo para criar dificuldades à Itália, no encontro da meias-finais do Euro2020 de futebol.

"Será um jogo difícil. A Espanha tem um jogo diferente do da Bélgica [nos quartos de final]. Com a Áustria, nos ‘oitavos’, foi difícil para nós, porque eles são agressivos, impediram-nos de jogar. A Espanha é extraordinária. Agora, houve uma mudança de geração, mas são jovens muito fortes”, começou por dizer Roberto Mancini, na antevisão ao desafio de terça-feira, em Londres.

O experiente selecionador transalpino, de 56 anos, alerta para a “mentalidade da ‘La Roja’, que domina o futebol mundial há vários anos”, pelo que considera que “não vai mudar agora”.

Para o encontro no Estádio de Wembley, que terá cerca de 60.000 espetadores nas bancadas, Mancini não aponta favoritos e lamenta que muitos adeptos italianos não possam deslocar-se à capital inglesa para apoiar a seleção, devido às restrições motivadas pelo novo coronavírus.

"Parece-me errado que não possa haver adeptos vindos da Itália. Não gosto que não haja metade dos adeptos espanhóis e metade italianos", apontou.

Por fim, deixou elogios ao homólogo espanhol Luis Enrique: “Ele é muito bom. Não apenas porque ganhou a Liga dos Campeões com o FC Barcelona, mas porque todas as suas equipas jogam bom futebol. Isso revela capacidade”.

Por sua vez, também o defesa central Leonardo Bonucci marcou presença na conferência de imprensa remota, para colocar-se ao lado do espanhol Álvaro Morata, que recebeu críticas e ameaças durante a competição.

“É um amigo, um grande pai e uma pessoa extraordinária. É um grande avançado e um grande amigo. É um avançado que oferece muitas coisas à sua equipa e um dos melhores do mundo. Amanhã [terça-feira] vai existir uma enorme pressão, é preciso estar atento e eu tenho a sorte que jogue no meu clube [Juventus]”, elogiou.

Sobre a seleção espanhola, Bonucci manifestou respeito e enalteceu o crescimento notório do adversário.

“A Espanha, além da sua história, mostrou que está a crescer. Eles [jogadores] merecem o nosso respeito. Ambos temos um estilo e devemos ter cuidado com os seus movimentos sem a bola, será necessária muita atenção quando não tivermos a bola”, concluiu.

Além de Itália e Espanha, que se defrontam na terça-feira, a partir das 20:00, também Inglaterra e Dinamarca vao discuitir um lugar na final, em Wembley, Londres, mas na quarta-feira, à mesma hora.

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