O vice-presidente da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF) defendeu hoje que a nomeação de Pedro Proença para dirigir a final do Euro2012 entre Espanha e Itália é «um momento único» para o setor, que «dificilmente» se repetirá.

«É o culminar de uma grande época que o Pedro [Proença] fez. É um momento único para a arbitragem portuguesa e que dificilmente poderá, acho eu, vir a ser alcançado novamente. É o reconhecer de que a arbitragem portuguesa tem trabalhado muito bem», considerou José Gomes, em declarações à Agência Lusa.

Para o vice-presidente da APAF, «está a ser reconhecido todo o trabalho que [Pedro Proença] tem desenvolvido na arbitragem portuguesa e internacional nos últimos dois anos», lembrando que o juiz lisboeta também dirigiu a final da Liga dos Campeões entre o Bayern Munique e o Chelsea, ganha pelo clube inglês no desempate por grandes penalidades.

«A arbitragem portuguesa está entre as cinco melhores do Mundo. É alvo de muitas críticas em Portugal, o que tem a ver com a educação no nosso país e a forma de viver o futebol. É a prova de que não há razões para se falar tão mal da arbitragem portuguesa», observou.

José Gomes revelou que Pedro Proença estava «esperançado» na nomeação para a final do Euro2012, marcada para domingo, no Estádio Olímpico de Kiev, até porque tinha indicação por parte da UEFA de que as suas atuações «teriam sido muito boas e que seria uma forte possibilidade» ser designado para arbitrar o último jogo da prova.

«Tivemos a sorte de ser a Itália [o segundo país finalista], o que aumentou a possibilidade de ser ele», explicou José Gomes, lembrando que um dos três árbitros pré-selecionados era italiano - Nicola Rizzoli – e o outro, o inglês Howard Webb, foi quarto árbitro na meia-final de quinta-feira entre a Itália e a Alemanha (2-1).