A Taça das Nações Africanas (CAN) de futebol arranca na sexta-feira, com o anfitrião e recordista de troféus Egito, de Mohamed Salah, à ‘espreita’ de mais um título, perante a oposição de Senegal, Mali, Nigéria ou Camarões.

Os egípcios, coroados campeões africanos em sete ocasiões, uma das quais em 2006, quando também organizaram a prova, foram finalistas na última edição, perdida para os Camarões, e contam nas suas ‘fileiras’ com o melhor jogador africano dos dois últimos anos.

Mohamed Salah, avançado e principal 'figura' do Liverpool, é o nome mais sonante de uma seleção que tem ainda à disposição dois jogadores bem conhecidos do futebol português, como são o médio Aly Ghazal, do Feirense, e o avançado Hassan, emprestado pelo Sporting de Braga ao Olympiacos.

No Grupo A, os ‘faraós’, que não vencem desde que lograram o ‘tri’ em Angola, em 2010, terão a concorrência da República Democrática do Congo, do defesa portista Mbemba, do Uganda e do Zimbabué, este último adversário na estreia, marcada para sexta-feira, no Cairo.

Contudo, o lote de favoritos é extensível a outras seleções, desde logo o Senegal, que no último Mundial teve o melhor desempenho entre as cinco equipas africanas, ainda assim insuficiente para lhe garantir a passagem aos oitavos de final.

A melhor seleção africana no ‘ranking’ da FIFA (22.º lugar) é ‘liderada’ por outra ‘estrela’ do Liverpool, Sadio Mané, e o favoritismo no Grupo C parece ser unânime, ainda que tenha como principal adversário a Argélia, que conta com a ‘magia’ de Riyad Mahrez (Manchester City) e Yacine Brahimi (FC Porto), e o instinto goleador do ex-Sporting Islam Slimani.

Tanzânia e Quénia parecem destinados a um papel secundário neste grupo, o mesmo sucedendo com Guiné-Conacri e os estreantes Burundi e Madagáscar no Grupo B, que conta com a Nigéria.

As ‘super-águias’, três vezes campeãs africanas, a última em 2013, procuram também recuperar o cetro e, mesmo não tendo a qualidade individual de outrora, parecem destinadas a ser líderes do agrupamento.

Com Moussa Marega (FC Porto), Sacko (Vitória de Guimarães) e Abdoulaye Diaby (Sporting), o Mali é outra das equipas emergentes ainda à procura do primeiro ‘cetro’ africano, após ter sido finalista em 1972.

No Grupo E, os malianos vão medir forças com a Tunísia, campeã em 2004, Angola e a estreante Mauritânia, enquanto no Grupo F, a vantagem parece estar do lado dos Camarões, vencedores de cinco edições e os detentores do troféu, conquistado em 2017.

Sem o avançado do FC Porto Vincent Aboubakar, os camaroneses dispõem de Joel Tagueu, jogador do Marítimo, num agrupamento no qual, em condições normais, vão discutir a liderança com o Gana (vencedor em 1963, 1965, 1978 e 1982), perante a oposição de Guiné-Bissau e Benim.

O Grupo D terá como principais candidatos a Costa do Marfim, campeã por duas vezes (1992 e 2015) e segunda seleção com mais presenças em fases finais da prova (23), e Marrocos, vencedor da competição em 1976 e que tem alguns nomes de ‘peso’ no plantel às ordens de Hervé Renard, com Hakim Ziyech (Ajax) à ‘cabeça’.

África do Sul, vencedor em 1996, e Namíbia, que vai participar pela terceira vez na CAN, são as outras formações inseridas no agrupamento de costa-marfinenses e marroquinos.

Os dois primeiros classificados de cada um dos seis grupos apuram-se para os oitavos de final da CAN2019, tal como os quatro melhores terceiros colocados.

A 32.ª edição da Taça das Nações Africanas vai decorrer no Egito, entre 21 de junho e 19 de julho.

- Composição dos grupos da Taça das Nações Africanas de 2019, no Egito:

Grupo A: Egito, República Democrática do Congo, Uganda e Zimbabué.

Grupo B: Nigéria, Guiné-Conacri, Madagáscar e Burundi.

Grupo C: Senegal, Argélia, Quénia e Tanzânia.

Grupo D: Marrocos, Costa do Marfim, África do Sul e Namíbia.

Grupo E: Tunísia, Mali, Mauritânia e Angola.

Grupo F: Camarões, Gana, Benim e Guiné-Bissau.