Um grupo de guineenses lançou nas redes sociais uma petição para pedir ao poder político que condecore o selecionador de futebol do país, Baciro Candé, com a medalha Amílcar Cabral, disse à Lusa Garcia Cardoso, mentor da iniciativa.

"Porque não reconhecer o 'mister' Candé com a mais alta distinção do nosso país, pelo feito histórico de ter conseguido três apuramentos consecutivos da seleção nacional para a Taça das Nações Africanas (CAN)?", questionou Cardoso, emigrante guineense radicado no Porto.

Gestor de empresas, Garcia Cardoso quer recolher, "pelo menos cinco mil assinaturas", para serem entregues ao Governo, que, por sua vez, fará o pedido chegar ao Presidente da República.

O responsável pela petição considera que a Guiné-Bissau "deve orgulhar-se da proeza alcançada" por Baciro Candé, que, reconheceu, "não é fácil de se atingir".

Garcia Cardoso afirmou que todos os que possibilitaram o apuramento da Guiné-Bissau para a CAN2021, a disputar nos Camarões em 2022, devem ser felicitados, nomeadamente jogadores, dirigentes da Federação, autoridades e o povo da Guiné-Bissau.

"Mas, por ser o comandante, o ‘mister’ Candé merece ser distinguido", notou Garcia Cardoso.

"Não é qualquer um que consegue apurar uma seleção como a nossa, dentro das nossas dificuldades, três vezes para a mais alta competição africana de futebol", declarou Garcia Cardoso.

Em poucas horas após o lançamento a petição para a condecoração a Baciro Candé já teve a adesão de dezenas de guineenses que a consideram justa e merecida.

A medalha Amílcar Cabral é a mais alta distinção da Guiné-Bissau e normalmente é atribuída a figuras ligadas ao poder do Estado ou Presidentes estrangeiros em visita ao país.

A Guiné-Bissau apurou-se para a CAN2021 ao vencer o Congo, por 3-0, em Bissau, na terça-feira.