O Selecionador Nacional de Futebol é mais uma voz a juntar-se à onda de críticas à nova Superliga Europeia, anunciada por 12 clubes europeus no último domingo.

Em entrevista à Rádio Renascença, Fernando Santos colocou-se "totalmente contra" a nova competição.

"Não me passa pela cabeça que isso possa ser viável. Não traz nada de positivo ao futebol. Como pode haver aumento de qualidade com diminuição de competitividade e receitas?", questiona.

O técnico considera que a Europa não deve copiar o modelo desportivo dos Estados Unidos da América, onde os donos das equipas "fazem negócios com compra e venda de clubes".

"Não concordo em retirar a ambição e a paixão das equipas que disputam os seus campeonatos, de ser campeões, que é o mais transcendente, e poderem estar presentes nas grandes competições, que é o que motiva as pessoas e os adeptos", disse.

Fernando Santos questiona mesmo "se será melhor a qualidade de um Mundial, Europeu, ou da Liga das Nações sem os jogadores desses clubes".

As equipas vão ser divididas em dois grupos de 10, com jogos em casa e fora, a meio da semana, avançando os três primeiros e o vencedor de um ‘play-off’ entre quarto e quinto classificados para os quartos de final, a duas mãos, seguindo-se a fase a eliminar até à final, a disputar em campo neutro.

No domingo, 18 de abril, AC Milan, Arsenal, Atlético de Madrid, Chelsea, FC Barcelona, Inter Milão, Juventus, Liverpool, Manchester City, Manchester United, Real Madrid e Tottenham anunciaram a criação da Superliga europeia, à revelia de UEFA, federações nacionais e vários outros clubes.

A competição vai ser disputada por 20 clubes, 15 dos quais fundadores – apesar de só terem sido revelados 12 – e outros cinco, qualificados anualmente.

A UEFA anunciou que vai excluir todos os clubes que integrem a Superliga, assegurando contar com o apoio das federações de Inglaterra, Espanha e Itália, bem como das ligas de futebol destes três países.

Entretanto, o organismo que rege o futebol europeu anunciou o alargamento da Liga dos Campeões de 32 para 36 clubes, a partir de 2024/25, numa liga única, com cinco jogos em casa e outros tantos fora.

Os oito primeiros avançam para os oitavos de final, enquanto as restantes vagas nesta fase a eliminar vão ser decididas em ‘play-off’ entre os nono e 24.º classificados.

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