"A Guiné-Bissau é um grande país, o nosso povo gosta de Amílcar Cabral, vocês lutaram muito para ter a independência. Mais ninguém vai governar este país de novo, é a Guiné-Bissau que se vai governar a si própria e não há dois presidentes só há um presidente de cada vez", afirmou Adama Barrow.

O Presidente gambiano falava aos jornalistas na Presidência da República, em Bissau, na declaração conjunta que fez com o seu homólogo.

"Devem unir-se, esqueçam o orgulho, a política, unam-se para andarem para a frente. Aconselho o meu irmão para ser tolerante e todos são sua família. É um privilégio ser eleito Presidente, tem uma população de pouco mais de um milhão, deixe um legado, tem de trabalhar arduamente para deixar um legado", salientou Adama Barrow.

O Presidente gambiano insistiu também na necessidade de diálogo entre os vários países africanos porque só assim se consolida a integração da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e de África.

"Não conseguiremos integração sem falarmos, sem discutirmos é um passo na direção certa para levar os países em frente", disse.

Adama Barrow disse também aos jornalistas que Umaro Sissoco Embaló lhe telefonou na terça-feira à noite para visitar a Guiné-Bissau e que em menos de 24 horas aterrou em Bissau.

"Isto não teria acontecido se não houvesse relação, é porque somos irmãos, somos família e é por isso que estou aqui. Se tiveres amigos e família devemos falar uns com os outros, de nos ouvir uns aos outros, temos de nos aconselhar uns aos outros, porque é a única via de andarmos para a frente", sublinhou.

Adama Barrow afirmou ainda que a sua deslocação à Guiné-Bissau serviu para consolidar as relações entre os dois países.

Na sua declaração aos jornalistas, Umaro Sissoco Embaló destacou os "laços de consanguinidade" entre os dois países e a similaridade entre os dois povos.

Adama Barrow deixou Bissau ao final da tarde, depois de um encontro com a comunidade gambiana residente em Bissau.

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