"Confirmo que o congresso vai arrancar amanhã [sexta-feira] às 16:00 horas no Gardete", arredores de Bissau, declarou em conferência de imprensa Manecas dos Santos, coronel e veterano de luta pela independência da Guiné e Cabo Verde.

O dirigente observou que "até ao momento" o PAIGC "não recebeu nenhuma notificação" da justiça a informar sobre o impedimento do congresso.

"Para nós, se não houver nenhum impedimento legal, vai haver congresso", declarou o presidente da comissão preparatória da reunião magna, que tem sido adiada desde fevereiro devido a um contencioso na justiça com um militante.

Bolom Conte, que o PAIGC diz ter perdido, entretanto, a condição de militância, recorreu à justiça, em março passado, para impedir que o 10.º congresso tenha lugar, alegando ter sido injustamente impedido de entrar nas listas de delegados.

Os tribunais guineenses já deram razão às duas partes.

A última decisão saída do Tribunal de Relação admitiu um recurso de agravo intentado por Conte, que não concordou com uma outra decisão da mesma instância que dava razão ao PAIGC e ainda condenou o queixoso ao pagamento de multa.

No seu recurso de agravo, Conte pede que seja declarado procedente o mesmo com efeito suspensivo, ou seja, que o congresso seja novamente embargado.

É sobre esta última diligência de Bolom Conte no Tribunal de Relação que Manecas dos Santos disse que o PAIGC não foi notificado em qualquer sentido.

Circula nas redes sociais um suposto requerimento de um advogado de Conte a pedir ao Tribunal de Relação que ordene ao Ministério do Interior (que tutela a polícia) que impeça a realização do congresso.

"Não vão pedir ao PAIGC que comente coisas de advogados a circularem nas redes sociais", sublinhou o dirigente.

Manecas dos Santos apenas reforçou que "para o PAIGC o congresso arranca amanhã [sexta-feira].

"Para o PAIGC é sem falta", vincou Manecas dos Santos.

O congresso, que deve decorrer entre sexta-feira e domingo, irá juntar mais de 1.400 delegados, vindos de toda a Guiné-Bissau e de algumas comunidades guineenses na diáspora.

Manecas dos Santos explicou ainda que o partido decidiu mudar da sede no centro de Bissau, onde habitualmente costuma realizar as suas reuniões, para Gardete, "apenas por uma questão logística".

Afirmou que o partido não tem recursos neste momento para voltar a montar a estrutura que tinha sido armada das duas vezes que teve que adiar a realização do 10.º congresso ordinário por imposição da justiça.

MB // JH

Lusa/Fim

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