A 51.ª edição do Circuito Internacional de Vila Real, que tem como prova rainha o WTCR, onde compete o piloto português Tiago Monteiro (Honda Civic), realiza-se entre sexta-feira e domingo.

“O retorno para a cidade é brutal. Eu lembro que este evento é transmitido e retransmitido por vários canais de televisão, chegando a 111 países, sendo visto por milhões de pessoas”, afirmou hoje Rui Santos à agência Lusa.

O autarca disse ainda que “os últimos estudos apontam para um retorno superior a 80 milhões de euros”.

“É olhar para os nossos hotéis, os restaurantes, para tudo aquilo que envolve o circuito, o catering, para quem coloca publicidade e ver aquilo que estão a faturar”, apontou.

A organização do evento envolve um orçamento "de mais de dois milhões de euros" e conta com uma dotação orçamental municipal prevista de cerca de 1,5 milhões de euros.

“É um grande investimento, aliás, é um investimento que vai ter que se intensificar nos próximos anos, esperemos ter o apoio do Estado português e de fundos comunitários. Este ano ainda não temos, mas temos a expectativa que ainda possamos vir a ter esses apoios”, referiu.

O autarca disse que vai ser necessário “reforçar a segurança da pista” porque a “ambição é continuar a evoluir”, e será necessário “melhorar alguns aspetos na área da segurança para ter aqui provas ainda mais atrativas”.

“Estamos certos de que, mais uma vez, teremos uma enchente de público a ver este circuito, teremos uma grande festa”, afirmou Rui Santos.

As ruas da cidade transformam-se numa pista com 4,6 quilómetros e à volta, a par das bancadas oficiais da organização, estão também já a ser montadas as muitas bancadas improvisadas em, por exemplo, andaimes ou muros.

Ao longo dos três dias de circuito são esperados muitos espectadores.

Rui Santos disse que o pós-pandemia trouxe uma grande “vontade de voltar à vida e a estes grandes eventos”, depois de durante dois anos não se realizarem as corridas em Vila Real.

A nível desportivo, o circuito vai ter seis provas, com destaque para o WTCR, que cumpre a quinta etapa do campeonato em Vila Real, e há ainda provas dos campeonatos de Portugal Velocidade, 1300, Legends, Clássicos e troféu Kia.

José Silva, da Associação Promotora do Circuito Internacional de Vila Real (APCIVR), disse que no WTCR participam 20 pilotos e, nas provas nacionais, estão inscritos “à volta de 100 pilotos”, salientando que as “expectativas foram ultrapassadas” e a inscrição de alguns participantes já não pode ser aceite.

“É curioso porque no todo nacional isto só acontece em Vila Real”, frisou o responsável.

A primeira edição do circuito remonta a 1931 e, localmente, diz-se que a paixão pelo desporto automóvel está “no ADN” dos vila-realenses.

José Meireles é um piloto local que começou por ver o pai a correr no circuito citadino. “Esta paixão já nasce connosco”, frisou.

Em 2019 venceu o Campeonato Nacional de Velocidade Legends e Cup e salientou que o regresso das corridas à cidade transmontana “era muito ansiado”, apesar de reconhecer que a “pressão é muito superior” a correr em casa.

Este é, frisou, um desporto que “não é barato, que “requer algum investimento” e que requer apoios que são “cada vez mais difíceis de obter”.

O circuito tem impacto no trânsito e os constrangimentos já são visíveis com cortes de estradas, alterações de sentido e de estacionamento.

Além do evento desportivo, a organização preparou ainda um programa cultural que inclui o concerto dos Xutos & Pontapés.

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