O presidente da Federação Portuguesa de Vela (FPV), António Roquette, sublinhou hoje que, após o anúncio das novas datas dos Jogos Olímpicos Tóquio2020, adiados para 2021 face à pandemia da covid-19, será necessário refazer o projeto olímpico.

Com uma equipa apurada para os Jogos Olímpicos, reagendados para 23 de julho a 08 de agosto de 2021, praticamente um ano depois das datas previstas, na categoria 49er, a representação lusa na vela ainda pode ser aumentada, com equipas em laser standard, laser radial e 470 na luta pela qualificação olímpica.

“Será através do apuramento dos Jogos que se verá que tipo de trabalho teremos de fazer e como é que teremos de organizar a nossa equipa olímpica. Teremos de fazer um novo projeto, de acordo com os apuramentos que vão ter de ser indicados pela World Sailing [federação mundial de vela]”, disse à agência Lusa o dirigente federativo.

A vela está parada em todo o mundo devido ao surto do novo coronavírus, com os últimos apuramentos, que teriam lugar em Génova, em Itália, a serem suspensos, mas António Roquette realçou que o adiamento de um ano dos Jogos Olímpicos poderá ser positivo para a vela portuguesa.

“Temos de refazer os calendários todos. Estamos parados e vamos ter de fazer um projeto novo para 2021, quando a situação nos permita que seja feito. Para nós, vai dar-nos mais um ano para ver se trabalhamos bastante, de forma a termos melhores resultados e mais equipas apuradas”, realçou.

Os Jogos Olímpicos estavam marcados para decorrerem entre 24 de julho e 09 de agosto de 2020, mas foram adiados em um ano, devido à pandemia de covid-19.

O anúncio foi feito por Yoshiro Mori, presidente da comissão organizadora dos Jogos, pouco depois de uma conversa telefónica com o presidente do Comité Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 727 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 35 mil. Dos casos de infeção, pelo menos 142.300 são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Em Portugal, que está em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 02 de abril, registaram-se 140 mortes e 6.408 casos de infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde.