A equipa portuguesa Mirpuri Foundation Racing Team, liderada pelo ‘skipper’ Yoann Richomme, perdeu a primeira etapa da Ocean Race Europe na chegada a Cascais, cedendo a vitória nos VO 65 à Austrian Ocean Race Project.

A embarcação Racing for the Planet liderou a frota desde a saída de Lorient, a 29 de maio, até à aproximação a Portugal, quando tomou uma decisão tática arriscada e acabou por perder o comando da prova, deixando escapar assim o triunfo, por escassos minutos, na primeira etapa da edição inaugural da prova.

“Fizemos uma ótima etapa, a equipa trabalhou imenso, arduamente e estou muito orgulhoso de todos. Liderámos desde início até à Baía de Biscaia, o que foi muito satisfatório. Depois tivemos que tomar uma grande decisão e obviamente que não foi a mais correta. É desapontante, mas não é o fim do mundo, nem o fim da corrida”, explicou o ‘skipper’ francês Richomme, referindo-se às duas etapas ainda por disputar.

Depois de dominar a corrida até ao ‘waypoint’ virtual, perto dos Açores, a diminuição da intensidade do vento permitiu a aproximação do grupo perseguidor, formado pelo AkzoNobel e o Sailing Poland, e a 100 milhas da baía de Cascais os VO65 e os IMOCA ficaram alinhados, de norte para sul, à mesma distância da meta.

A Mirpuri Foundation Racing Team dos velejadores portugueses Bernardo Freitas, Frederico Melo e Mariana Lobato acabou, contudo, por encontrar um novo obstáculo, na forma do esquema de separação de tráfego comercial do Cabo da Roca, e, também na sequência das mudanças de vento, viu o Austrian Ocean Race Project ganhar a corrida, à frente do AmberSail-2 e do Team Childhood I.

Na classe IMOCA, a vitória coube ao CORUM L’Épargne, do ‘skipper’ francês Nicolas Troussel, logo seguido na segunda posição pelo 11th Hour Racing Team e do LinkedOut no terceiro lugar.