O torneio de Wimbledon não será realizado este ano devido à pandemia de coronavírus que assolou o mundo, confirmou na tarde desta terça-feira a organização do referido torneio.

O All England Club (AELTC), responsável pelo torneio de Wimbledon, esclareceu ainda que já há datas para a edição do próximo. A 134ª edição da prova vai realizar-se entre 28 de junho e 11 de julho.

"Com muita dor, a direção do All England Club e o comité organizador de Wimbledon decidiram que os campeonatos de 2020 serão cancelados devido à preocupação com a saúde pública associada à pandemia de coronavírus", pode ler-se em comunicado.

Esta decisão leva ainda ao cancelamento dos circuitos ATP de Hertogenbosch, Estugarda, Queen’s, Halle, Maiorca e Eastbourne. Além dos circuitos WTA de Hertogenbosch, Nottingham, Birmingham, Berlim, Eastbourne e Bad Homburg.

Também o presidente do ATP, Andrea Gaudenzi, reagiu ao cancelamento do torneio. "Lamentavelmente, a pandemia mundial atual de COVID-19 não nos deixa mais alternativa sem ser a de suspender o 'tour'. Esta decisão foi tomada em conjunto com os nossos parceiros e as vários organizações do ténis", referiu o dirigente.

Esta é a primeira vez que o torneio mais antigo do ténis mundial é cancelado desde a II Guerra Mundial - nessa altura, a prova em Wimbledon esteve suspensa entre 1940 e 1945.

Como resultado da pandemia, todos os torneios do circuito masculino da ATP e feminino da WTA estão suspensos até 7 de junho e o ranking mundial está paralisado.

O torneio de Roland Garros, grande evento da temporada em terra batida, que ocorreria de 24 de maio a 7 de junho, foi transferido e será realizado de 30 de setembro a 4 de outubro e teoricamente começará uma semana após a final masculina do US Open.

Esta é mais uma competição a ser afetada pela pandemia do novo coronavírus, que já levou ao adiamento para 2021 dos Jogos Olímpicos Tóquio2020 o do Euro2020 de futebol.

Recorde-se que o novo coronavírus, responsável pela pandemia da COVID-19, já infetou perto de 866 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 43 mil.

Dos casos de infeção, pelo menos 172.500 são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 187 mortes, mais 27 do que na véspera (+16,9%), e 8.251 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 808 em relação a terça-feira (+10,9%).

Dos infetados, 726 estão internados, 230 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 43 doentes que já recuperaram.

Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 02 de abril.